A Fenearte, que tradicionalmente cria uma instalação artística urbana ilustrando o tema do ano, acomodou no bairro do Cabanga um caranguejo gigante. A escultura possui 12 metros de largura por 5 de altura e é feita de aço carbono cortado a laser.
O caranguejo gigante da Fenearte recebeu intervenção visual do coletivo de arte Vacilante, que aplicou colagens e fez pinturas com tinta automotiva. O coletivo é formado pelos artistas Alexandre Pons, Heitor Pontes e Luciano Mattos. E as referências foram o universo da feira de artesanato e o manguebeat, que é tema desta edição.
Em julho serão celebrados 30 anos do manguebeat, a contar da publicação em jornais do texto "Caranguejos com Cérebro", do músico e jornalista Fred Zero Quatro, considerado manifesto do movimento, e por isso, marco inicial.
O caranguejo gigante com intervenção do Vacilante ficará instalado só até o encerramento da Fenearte, e depois deverá ser doado pelo Governo do Estado.
Esta será a 22ª edição da Fenearte, que não realizou feira em 2020, por causa da pandemia, retornou em dezembro do ano passado, fora do calendário típico, e agora retoma seu curso oficial, de 6 a 17 de julho.
Para esta edição houve recorde no número de inscrições de artesãos de todo o País, Os detalhes sobre a Fenearte serão apresentados em coletiva de imprensa no dia 29 deste mês.
Caranguejo da Rua da Aurora
A instalação da Fenearte é a segunda escultura de caranguejo gigante habitando o espaço urbano do Recife. A primeira, acomodada na Rua da Aurora, foi repercutida recentemente depois de ter sido transferida do ponto próximo ao Ginásio Pernambucano para a Ponte do Limoeiro, após obras promovidas pela Prefeitura do Recife.
A transferência do símbolo do Recife dos mangues e do manguebeat, de um lugar de visibilidade para outro um tanto ermo, foi mal recebida pela população, até que a obra acabou novamente desinstalada e colocada próxima do local de origem.
A escultura do caranguejo da Rua da Aurora foi idealizada pelo artista plástico Augusto Ferrer e realizada por Eddy Pólo e Jorge Alberto Barbosa, junto com a arquiteta Lúcia Cardoso, que trabalhou na confecção do monumento.