As obras de arte do Palácio do Planalto, sede governo federal, não passaram ilesas do ataque de terroristas no último domingo (8).
Também foram prejudicadas obras do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. São patrimônios históricos que dificilmente poderão ser recuperados.
Uma das obras mais valiosas do Planalto, "As Mulatas", de Di Cavalcanti, é avaliada em cerca de R$ 8 milhões.
OBRAS DE ARTE PALACIO DO PLANALTO
No Planalto, a tela "As Mulatas" (1962), de Di Cavalcanti, foi furada em seis pontos pelos invasores. Atualmente, os quadros de Di Cavalcanti têm batido sucessivos recordes em leilões no mercado internacional.
Ainda no Planalto, a escultura "O Flautista", de Bruno Jorge, avaliada em R$ 250 mil, também foi destruída.
A mesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck, que foi usada como barricada pelos vândalos, e o relógio de Balthazar Martinot, que data do século XVII e foi presente da Corte Francesa para Dom João 6º. Ambos os objetos não tem valores estimados.
Conttudo, esse relógio é o item que o diretor de Curadoria dos Palácios Presidenciais, Rogério Carvalho, acredita ser o mais difícil de recuperar.
OBRAS DE ARTE PALACIO DO CONGRESSO E DO STF
No Congresso, o vitral "Araguaia", da artista Marianne Peretti, de 1977, foi danificado. A obra ficava no salão verde da Câmara.
Já no prédio do STF, o Hall dos Bustos, que incluia esculturas importantes da República, como Rui Barbosa e Joaquim Nabuco, também foram danificadas. O brasão da República também foi atacado.
Ainda no STF, a escultura "A Justiça", de Alfredo Ceschiatti, foi pichada.
Em nota, a presidente do STF, Rosa Weber, afirmou que o edifício-sede do Supremo , "patrimônio histórico dos brasileiros e da humanidade, foi severamente destruído por criminosos, vândalos e antidemocratas".