Rio de Janeiro - A cada pessoa presente nos festivais Rock in Rio e The Town (de São Paulo), uma lâmpada convencional será trocadas por uma LED em escolas, hospitais, instituições sem fins lucrativos e comunidades de baixa renda no Brasil. A iniciativa é um dos vários tópicos da parceria entre a Rock World, que organiza os eventos, e a Neoenergia, uma das líderes do setor elétrico no país.
Para muito além dessas doações, a parceria estratégia busca promover soluções para a descarbonização dos eventos musicais, colaborando no processo de redução de missões de carbono na atmosfera. Isso envolve, por exemplo, a utilização de energia verde, mudanças em transformadores, geradores e redução de resíduos. A ideia é deixar um legado de inovação para outros grandes eventos da indústria musical.
O compromisso foi formalizado em evento realizado no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, na segunda-feira (3). Estiveram presentes dos setores empresarial, artístico e governamental.
Para atingir o objetivo de descarbonização, a Neoenergia irá irá buscar soluções energéticas para o futuro desses eventos, começando já em 2024 com o fornecimento de energia limpa para a edição do Rock in Rio.
O The Town, que será realizado pela primeira vez em São Paulo no mês de setembro, já contará com ações sustentáveis de conscientização de novas gerações. O evento espera reunir 500 mil pessoas em todos os seus dias. Já o Rock in Rio espera 700 mil. No total, 1,2 milhão de LEDs devem ser instaladas.
"Já no The Town, iremos atuar em três áreas: a iluminação do show será feita com lâmpadas solares; vamos ter a parte de mobilidade com carros elétricos e doaremos as lâmpadas LEDs para os Estados onde atuamos, que são Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Distrito Federal e São Paulo. A reducação de consumo será equivalente ao de milhares de famílias, criando um espírito de consumo mais responsável e eficiente", diz Eduardo Capelastegui, CEO da Neoenergia.
Capalastegui também afirmou que é um desejo da Neoenergia continuar em diálogo com o setor da música (assim como já faz como o esporte, com atuação no futebol feminino, inclusive em Pernambuco). "Temos que começar por algum lugar. A empresa tem que ter esse compromisso, começar a fazer movimentos. É importante ter regulação e incentivos adequados."
"Não basta ser uma empresa socialmente responsável, é imprescindível comunicar os atributos sustentáveis como forma de engajar e inspirar a sociedade. Ao firmar um compromisso com um parceiro de referência internacional como o Rock in Rio, a Neoenergia reforça a credibilidade conquistada da marca e avança na estratégia de se consolidar como um dos principais líderes em soluções energéticas sustentáveis do país", disse Lorenzo Perales, Diretor de Marketing da Neoenergia.
Ao dialogar com a música, a Neoenergia também lançou um jingle com a banda Afrocidade, uma das atrações confirmadas no The Town. "Criamos um manifesto em forma de canção para falar sobre a importância da sociedade se descarbonizar. Essa é a energia que vamos levar para todos", contou o vocalista José Macedo, que se apresentou com o grupo no evento do Museu do Amanhã.
Roberta Medina, chief brand reputation officer da Rock World, afirmou que a doação de lâmpadas será como um "ato simbólico para uma conversa que há está há anos atrasada" e que a parceria busca "encontrar soluções que sirvam para a indústria da música como um todo".
"O que estamos fazendo é um plano mais robusto. Para que a Neoenergia possa oferecer energia verde para o Rock in Rio, é necessário uma série de autorizações da Prefeitura e da rede de distribuição. O processo está em andamento. Então, existem outras soluções. Pensamos em fazer um hackathon (evento que reúne profissionais da tecnologia) para startups", diz Medina.
"A robustez do projeto está na criação de soluções que sejam acessíveis para pequenos concertos e festivais. Grandes empresas, como a Rock World, são capazes de fazer relatórios que não são fáceis e que demandam um processo educativo gigante, que podemos repassar para pequenas e médias empresas, além do consumidor no final da ponta", completa.
Em 2006, o festival Rock in Rio foi o primeiro grande evento de música do mundo a compensar sua Pegada Carbônica. Das 22 edições realizadas desde que foi criado, 18 tiveram suas emissões neutralizadas. Também já obteve certificação ISO 20121 - Eventos Sustentáveis, há 10 anos.
"Já compensamos 420 mil toneladas, por meio de projetos de reflorestamento em Portugal e no Brasil, entre outros. Chegou o momento em que precisamos dar um passo maior e buscar soluções inovadoras que atendam, não só, os nossos festivais, mas a industria como um todo e a Neoenergia é o parceiro que escolhemos para entrar com a gente nessa missão", afirmou Roberta Medina.
Ao longo desses últimos anos, implementou diversas ações nos países por onde passa. O Rock in Rio Escola Solar instalou 760 painéis fotovoltaicos em escolas portuguesas", disse Luis Justo, CEO da Rock World.
Segundo ele, no Rio de Janeiro em apenas duas edições, mesmo dobrando o tamanho do festival, o Rock in Rio reduziu em 62% o consumo de energia. O festival também já plantou mais de 4 milhões de árvores na Amazônia, o equivalente à captação de carbono na ordem de 600.000 toneladas de CO2 dentre outras iniciativas.
A pauta da sustentabilidade levantada pela Neoenergia e pela Rock World está em alinhamento com esforços do poder público federal. O evento também contou com a presença de Ana Toni, Secretária Nacional de Mudança do Clima.
"Estamos em um momento muito especial para falarmos sobre o meio ambiente e o combate às mudanças do clima. Isso é uma prioridade em todos os sentidos, no Brasil e no mundo. A mudança do clima é também uma mudança de hábito, de um modelo de desenvolvimento, sobretudo, de mudança de tecnologia. Esse debate é fundamental. O RIR mobiliza quem precisa fazer parte dessa mudança, os jovens. Juntos com o governo federal, e empresas, como a Neoenergia, vamos fazer a diferença", afirmou a secretária.
Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e conselheira da Neoenergia, afirmou que a iniciativa privada também possui iniciativas.
"A Neoenergia, por exemplo, nasce como parte da solução, por meio da geração de energia renovável. As metas ESG nas empresas são questões mandatórias. Isso também passa por uma questão de educação valores e de cultura que precisa ir além para alcançar toda a sociedade. Também se faz necessário a existência de leis para dar segurança nessa jornada pela descarbonização."
Parte do grupo espanhol Iberdrola, a Neoenergia atua no Brasil desde 1997. As suas distribuidoras, Neoenergia Pernambuco (PE), Neoenergia Coelba (BA), Neoenergia Cosern (RN), Neoenergia Elektro (SP/MS) e Neoenergia Brasília (DF) atendem a mais de 16 milhões de clientes, o equivalente a uma população superior a 37 milhões de pessoas.