PATRONO DO BREGA

Estátua no Recife eterniza o Rei Reginaldo Rossi; veja fotos

Orçada em R$ 35 mil, a escultura chega para compor o Circuito da Poesia da Prefeitura do Recife

Cadastrado por

Vanessa Moura

Publicado em 02/02/2021 às 12:03 | Atualizado em 02/02/2021 às 12:59
Estátua de Reginaldo Rossi no Pátio Santa Cruz - Boa Vista - YACY RIBEIRO/ JC Imagem

A estátua de Reginaldo Rossi, feita pelo artista plástico Demetrio Silva, será entregue simbolicamente nesta terça-feira (2), às 15h15, pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB). A obra, instalada no Pátio de Santa Cruz, na área central da cidade, é uma homenagem ao cantor e compositor, que foi declarado Patrono do Brega pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em outubro de 2020

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Sentado em um banco e debruçado em uma mesa de bar, o artista foi esculpido junto com um microfone, uma rosa, um papel e uma bandeja com garrafa e copo de cerveja. Veja imagens:

Estátua de Reginaldo Rossi no Pátio Santa Cruz - Boa Vista - YACY RIBEIRO/ JC Imagem
Estátua de Reginaldo Rossi no Pátio Santa Cruz - Boa Vista - YACY RIBEIRO/ JC Imagem
Estátua de Reginaldo Rossi no Pátio Santa Cruz - Boa Vista - YACY RIBEIRO/ JC Imagem
Estátua de Reginaldo Rossi no Pátio Santa Cruz - Boa Vista - YACY RIBEIRO/ JC Imagem
Estátua de Reginaldo Rossi no Pátio Santa Cruz - Boa Vista - YACY RIBEIRO/ JC Imagem

Orçada em R$ 35 mil, a escultura chega para compor o Circuito da Poesia da Prefeitura do Recife, ao lado de estátuas de 12 importantes nomes da literatura e da música brasileira. O circuito vai da Rua do Bom Jesus, onde está a estátua de Antônio Maria (1921/1964), até às margens do rio Capibaribe, na Rua do Sol, com Capiba (1904/1997).

Luiz Gonzaga (1912/1989) e Chico Science (1966/1997) também ocupam seus espaços no circuito, na Praça Visconde de Mauá e na Rua da Moeda, respectivamente. Além de Clarice Lispector (1920/1977), João Cabral de Melo Neto (1920/1999), Manuel Bandeira (1886/1968) e Joaquim Cardozo (1897/1978).

Carreira

Falecido no dia 20 de dezembro de 2013, aos 69 anos, vítima de um câncer de pulmão, Reginaldo Rodrigues dos Santos começou a carreira musical em 1963 formando com amigos o conjunto The Silver Jets, no qual permaneceu até 1965.

Boa parte dos fãs do cantor o conhecem a partir dos anos 1980, quando ele voltou a morar no Recife. O Nordeste era onde estava seu público. Depois de vários sucessos medianos, em 1987 ele estourou com Garçom, música que o marcou e é responsável pela sua unção como Rei do Brega. O termo “Rei” veio de um programa de bons índices de audiência que o cantor apresentou na TV Pernambuco.

A princípio, Rossi não gostava de ser tratado por “brega”, afinal, a música que fazia diferia pouco da que cantava nos anos 1960/70, quando conseguiu o primeiro sucesso nacional com O pão. Boa parte das canções obrigatórias do seu repertório vem desta época: Maior que Deus (1967), Era domingo (1970), Tô doidão (1971, versão da francesa Les Daltons, de Joe Dassin), Mon amour, meu bem, ma femme, Deixa de banca (versão de Les Cornichons, de Nino Ferrer e Jean Booker). Achava que o que fazia deveria ser chamado de rock, iê-iê-iê, que considerava o movimento mais duradouro da música brasileira.

Na política, Reginaldo foi candidato a vereador do município de Jaboatão dos Guararapes em 2008 e obteve 717 votos, ficando como o 119º mais votado.

 

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