Universitários poderão transformar os seus trabalhos de conclusão de curso (TCC) em soluções inovadoras para os problemas que o Brasil enfrenta por causa da pandemia do novo coronavírus. Projetos com esse objetivo poderão participar da seleção da Academic Working Capital (AWC), ligada ao Instituto do TIM, que oferece apoio financeiro, técnico e de negócios para participantes transformarem o TCC em startups de base tecnológica.
As inscrições para a sexta edição do programa vão até 19 de agosto de 2020, no site awc.institutotim.org.br. O novo edital do AWC prevê ainda que gênero e raça são critérios de desempate na seleção dos projetos. Os grupos com maior diversidade entre seus integrantes poderão ser beneficiados, o que incentiva a participação feminina e de negros no programa.
Os autores dos projetos selecionados serão acompanhados semanalmente por monitores do AWC. No fim do ciclo, participarão da Feira de Investimentos, onde poderão apresentar suas soluções para profissionais do mercado e investidores-anjo. As atividades se estenderão até maio de 2021. Todos os workshops e mentorias desta edição serão virtuais, evitando deslocamentos e aglomerações.
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Podem se inscrever estudantes de qualquer área da graduação, com iniciativas voltadas para soluções tecnológicas ou de inovação. Os grupos devem ter até quatro integrantes, todos na universidade e com pelo menos um dos membros na fase final fazendo o TCC. As vagas são para jovens de todo o Brasil.
Uma ideia inovadora é requisito essencial para conquistar um espaço para desenvolver o negócio, e a concorrência é acirrada. No ano passado, a AWC recebeu 200 projetos e selecionou 34 deles. Desde 2015, o AWC apoiou o desenvolvimento de quase 150 projetos inovadores, com a participação de cerca de 400 estudantes. Na edição de 2020, entre os critérios de seleção, ganharão pontos trabalhos em áreas como saúde, educação, geração de renda, comunicação, mobilidade.
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A seleção da AWC traz como novidade desta edição a prioridade para projetos ligados à pandemia de coronavírus. “A pandemia, ao mesmo tempo em que colocou o mundo em uma crise, acelerou a transformação digital, que pode ser justamente a chave para enfrentarmos os desafios do novo normal. O Academic Working Capital estimula os universitários brasileiros a terem um papel transformador nessa nova realidade. O programa mostra que a tecnologia é habilitadora de mudanças importantes e os auxilia a vislumbrar novas oportunidades de carreira nesse percurso”, destaca Mario Girasole, presidente do Instituto TIM.
O AWC fomentou nos últimos cinco anos mais de 30 startups. A primeira delas, a Mvisia, acaba de ser comprada por uma multinacional brasileira que atua no segmento de máquinas elétricas. A WEG deterá 51% do capital social da empresa formada no programa de 2015, enquanto os seus criadores, ex-alunos do AWC, ficarão com 49%.
Outro destaque é a SDW – Safe Drinking Water For All, startup socialtech formada em 2018, quando alunos de universidades da Bahia e Ceará se uniram no AWC para desenvolver o Aqualuz. O dispositivo que utiliza a radiação solar para tornar potável a água de poços ou cisternas levou sua idealizadora, Anna Luísa Beserra, até à ONU: a estudante baiana foi uma das vencedoras do Jovens Campeões da Terra, premiação da Organização das Nações Unidas voltada empreendedores de até 30 anos com ideias inovadoras para o futuro do planeta.