A taxa de desocupação em setembro no Estado de Pernambuco foi de 15,9%. Isso significa que 605 mil pessoas estavam desocupadas e buscaram ativamente um emprego, mas não encontraram. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (23).
Em agosto, o índice foi de 15,3%. Do início da pesquisa, em maio, até o mês passado, houve uma variação de 58,3% no número de pessoas desocupadas em Pernambuco, o que equivale a 223 mil pessoas a mais sem emprego.
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O número de pessoas ocupadas, por sua vez, ficou estável entre agosto e setembro, com 3 milhões e 199 mil pessoas. Além disso, pelo segundo mês seguido, houve uma redução da população fora da força de trabalho (que não estavam trabalhando nem procuravam por trabalho) em Pernambuco que gostariam de trabalhar, mas não conseguiram procurar emprego por causa da pandemia de covid-19 ou por falta de oportunidade na região em que vivem. Em setembro, eram 981 mil pessoas, enquanto em agosto, era 1 milhão e 69 mil pessoas.
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Já a quantidade de pessoas ocupadas e afastadas do trabalho devido ao distanciamento social não para de cair. Em agosto, eram 170 mil; em setembro, não passavam de 128 mil, uma queda de 24,7% entre um mês e outro. Os números também caíram sensivelmente em relação a maio, passando de 28,8% para 4% da população ocupada. Ainda segundo a pesquisa, 8,7% da população pernambucana ocupada e não afastada do trabalho que trabalharam de forma remota no mês passado, frente a 9,5% no mês de agosto.
Entre as pessoas ocupadas e afastadas do trabalho que tinham, seja ou não por conta da pandemia, 47 mil pessoas (20,3%) deixaram de receber remuneração em setembro. Em maio, eram 620 mil. Entre os trabalhadores ocupados que ainda estavam recebendo vencimentos, 23,6% do total tiveram rendimentos menores do que o habitual no mês passado, contra 25,9% em agosto.
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A PNAD Covid detectou também uma estabilidade no número de domicílios pernambucanos em que ao menos um dos moradores recebeu o auxílio emergencial: foram 56,3% em setembro, frente a 56,4% em agosto. Isso significa que, em números absolutos, 1 milhão e 729 mil lares em Pernambuco receberam o benefício no mês passado. Já no Brasil houve uma leve queda, de 43,9% para 43,6%.
O valor médio do rendimento do auxílio em Pernambuco também apresentou queda, de R$ 920 em agosto para R$ 895 em setembro.
A pesquisa mostra ainda que a taxa de informalidade em Pernambuco passou de 41,7% para 42,3% da força de trabalho ocupada, chegando a 1 milhão e 354 mil trabalhadores em setembro. Os informais são os empregados do setor privado sem carteira; trabalhadores domésticos sem carteira; empregados que não contribuem para o INSS; trabalhadores por conta própria que não contribuem para o INSS; e trabalhadores não remunerados em ajuda a morador do domicílio ou parente
As entrevistas começaram no dia 4 de maio, e estão sendo feitas, exclusivamente, por telefone, devido ao distanciamento social. Em Pernambuco, pouco mais de 7 mil domicílios, distribuídos por 137 municípios, são contatados por mês. Aproximadamente 120 servidores fazem parte da pesquisa no estado. Por mês, são realizadas, em Pernambuco, aproximadamente 1.750 entrevistas.
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O IBGE informa também que a coleta de dados da pesquisa PNAD COVID19 será realizada até 11 de dezembro de 2020. Com isso, estão previstas mais duas divulgações, referentes aos meses de outubro e novembro de 2020.