Produção industrial de Pernambuco cresceu 10% em novembro de 2020

Setores como bebidas, produtos químicos e a volta da operação do Estaleiro Atlântico Sul, em Suape, contribuíram para o resultado
Adriana Guarda
Estadão Conteúdo
Publicado em 14/01/2021 às 21:48
Setor de bebidas foi o que mais cresceu em novembro, com taxa de 22,4% na comparação com o mesmo mês do ano anterior Foto: Rita adora musculação e não perde uma aula na semana. Fotos: Alexandre Gondim/JC Imagem


A produção industrial em Pernambuco cresceu 10% em novembro de 2020, na comparação com igual mês do ano passado. O desempenho, que apareceu como o terceiro melhor do Brasil, foi puxado por setores como os de bebidas, produtos químicos e pela retomada da operação do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Suape. O resultado, divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira (14), confirma que mesmo com a pandemia a produção industrial deve fechar 2020 com resultado positivo no Estado. 

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No acumulado de janeiro a novembro, o setor cresceu 3,2% (melhor resultado do País) e no acumulado dos últimos 12 meses ficou em 2,9%. O único resultado negativo foi o da comparação entre outubro e novembro, com queda de 1%. 

Em novembro de 2020, das 12 seções e atividades industriais cobertas pela pesquisa do IBGE no Estado, apenas fabricação de celulose, papel e produtos de papel teve queda em comparação ao mesmo período no ano anterior, com retração de 3,7%. Os destaques positivos foram da metalurgia (27,1%), a fabricação de outros produtos químicos (23,6%), fabricação de bebidas (22,4%) e a fabricação de produtos de borracha e material plástico (21,2%). A fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores, onde está incluído o estaleiro, teve avanço de 12,1%. O EAS passou mais de um ano e meio sem operar e agora voltou a funcionar com serviços de reparação de navios. 

BRASIL 

A produção industrial cresceu em dez dos 15 locais pesquisados na passagem de outubro para novembro, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em São Paulo, maior parque industrial do País, houve um avanço de 1,5%. Os demais aumentos ocorreram na Bahia (4,9%), Rio Grande do Sul (3,8%), Amazonas (3,4%), Região Nordeste (2,9%), Santa Catarina (2,8%), Ceará (1,7%), Rio de Janeiro (1,6%), Paraná (1,2%) e Minas Gerais (0,6%).

Houve perdas no Pará (-5,3%), Mato Grosso (-4,3%), Pernambuco (-1,0%), Espírito Santo (-0,9%) e Goiás (-0,9%). Na média global, a indústria nacional avançou 1,2% em novembro ante outubro.

A produção industrial já superou o patamar de fevereiro, no pré-pandemia, em 8 dos 15 locais pesquisados. Em novembro, a produção industrial nacional operava 2,6% acima do pré-pandemia. Em São Paulo, o maior parque fabril do País, a produção rodava 6,0% além do nível de fevereiro.

Os demais locais com ganhos em relação a fevereiro foram Amazonas (com produção 14,9% superior ao pré-pandemia), Santa Catarina (9,5%), Ceará (7,5%), Minas Gerais (6,2%). Paraná (5,9%), Rio Grande do Sul (5,2%) e Pernambuco (1,8%).

Os sete locais ainda com perdas em novembro ante o patamar de fevereiro foram Nordeste (-0,4%), Goiás (-1,8%), Bahia (-2,6%), Pará (-4,5%), Rio de Janeiro (-4,9%), Mato Grosso (-10,3%) e Espírito Santo (-11,8%).

Em outubro, havia nove locais acima do patamar pré-pandemia. Em novembro, o Pará deixou o grupo que contabilizava ganhos desde fevereiro, após três meses seguidos de perdas na produção industrial regional, apontou Bernardo Almeida, gerente da pesquisa do IBGE.

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