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Veja quem recebe a liberação para saques do auxílio emergencial nesta quarta-feira (20)

Além de sacar, é possível também transferir os recursos da Poupança Social Digital

Cadastrado por

JC

Publicado em 20/01/2021 às 9:20
O auxílio emergencial é pago pela Caixa Econômica Federal - TV JORNAL

A Caixa Econômica Federal realiza liberação de saques do Auxílio Emergencial e do Auxílio Emergencial Extensão nesta quarta-feira (20), para beneficiários nascidos em setembro, inscritos via site ou app.

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Os beneficiários podem sacar as quantias de R$ 600 ou R$ 300 (a depender do número de parcelas já recebidas). E, além de sacar, é possível também transferir os recursos da Poupança Social Digital. 

Aqueles que optarem por realizar o saque em espécie, precisarão fazer o login no App Caixa Tem, selecionar a opção “saque sem cartão” e “gerar código de saque”. Depois, o trabalhador deve inserir a senha para visualizar o código de saque na tela do celular, com validade de uma hora. O código deve ser utilizado nos caixas eletrônicos da Caixa, nas unidades lotéricas ou nos correspondentes Caixa Aqui. Também é possível sacar o dinheiro nas agências.

Segundo a Caixa, continua disponível aos beneficiários a opção de utilização dos recursos creditados na Poupança Social Digital para a realização de compras, por meio do cartão de débito virtual e QR Code, pagamento de boletos, contas de água, luz, telefone, entre outros serviços.

No final de 2020, o banco realizou todos os depósitos em conta/pagamentos para inscritos via site ou app e beneficiários do Bolsa Família. Agora, até o dia 27 deste mês, passa a disponibilizar os últimos saques de R$ 300 e R$ 600.

Lançado em abril de 2020 como forma de minimizar os impactos econômicos causados pela pandemia do novo coronavírus, o programa socorreu cerca de 68 milhões de brasileiros, mas, agora, após o fim do último ciclo de pagamentos, não há qualquer indicação de prorrogação ou de criação de algum outro benefício capaz de substituir o auxílio em 2021.

Confira o calendário de saques:

Nascidos em setembro - 20 de janeiro
Nascidos em outubro - 22 de janeiro
Nascidos em novembro - 25 de janeiro
Nascidos em dezembro - 27 de janeiro

Fim do auxílio emergencial?

O Ministério da Cidadania, em comunicado, disse que em 2021 só serão efetuados pagamentos do auxílio emergencial resultantes de contestações administrativas e extrajudiciais e de decisões judiciais.

Enquanto isso, alguns deputados e senadores defendem a prorrogação do benefício por mais dois ou três meses, através da ampliação do estado de calamidade pública. Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, nega a hipótese. De acordo com ele não há possibilidade de estender o benefício "do ponto de vista do governo".

Para tapar o buraco criado com o fim do auxílio, a criação de um novo programa social vem sendo estudada por integrantes do governo. Entretanto, o inicialmente chamado de "Renda Brasil", e posteriormente "Renda Cidadã", ainda é apenas uma possibilidade cheia de obstáculos, já que ainda não foi encontrada uma fonte de receita capaz de financiar o novo programa sem furar o teto de gastos. Segundo Paulo Guedes, a "solução" encontrada pelo governo, por enquanto, é continuar com o Bolsa Família.

Em entrevista concedida ao jornal "Valor Econômico", no entanto, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), disse que o governo deverá avaliar a implementação de um novo programa social ou uma retomada do auxílio emergencial após o recesso parlamentar, que termina em fevereiro de 2021.

Para o senador Esperidião Amin (Progressistas-SC), o governo federal precisa sinalizar o quanto antes uma resposta para a população, seja apoiando o projeto legislativo para sua aprovação no Congresso, ou editando uma Medida Provisória (MP) com a prorrogação do benefício. A MP pode ser editada por Bolsonaro por iniciativa própria, entrando em vigor rapidamente, bastando ser publicada no Diário Oficial da União (DOU). Essa edição teria validade de 60 dias, podendo ser prorrogada por mais 60. Assim que publicada, o Congresso votaria pela continuidade ou não da MP.

“O governo vai ter que dar uma solução, seja qual for o nome do projeto, se auxílio emergencial renda básica, ou algum outro. Acredito tanto quanto o ministro [da Economia] Paulo Guedes que teremos um crescimento em ‘V’, que será muito boa, mas não é instantânea. Por isso, tudo o que investimos até aqui na paz social, na garantia do poder de compra da população mais carente, especialmente depois que descobrimos o número de ‘invisíveis’ [profissionais autônomos], é imperioso que se prolongue o decreto presidencial e o período de calamidade”, disse Amin, também em entrevista ao "Valor Econômico". 

Ainda segundo ele, dificilmente algum parlamentar ou até mesmo o próprio governo, vão discordar da prorrogação do auxílio, tendo em vista o cenário observado em outros países, onde seus trabalhadores estão sendo protegidos enquanto a vacinação contra covid-19 caminha em estágio inicial.

“Esses fatos do mundo vão orientar o governo, cuidando também para que não sejam prejudiciais ao mercado, claro. Precisamos entender que a vacinação não começou e a pandemia não terminou, por isso é importante que o Estado de Calamidade siga por mais três meses”, completou. 

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