IMPACTO

Aumento no preço do gás prejudica vendedores e consumidores, avalia presidente do Sinregás

O último reajuste foi anunciado no dia 7 de janeiro pela Petrobrás, aumento foi de 6%

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JC

Publicado em 21/01/2021 às 16:40 | Atualizado em 21/01/2021 às 17:02
Em Pernambuco, produto custa, em média, 70 reais. Em alguns locais, preço pode subir para até 105 reais - Foto: Léo Motta/ JC Imagem

Alvo de constantes reclamações da população, o preço médio em Pernambuco do gás liquefeito de petróleo, matéria-prima do gás de cozinha, é de R$ 70, de acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP). O produto vem sofrendo sucessivos reajustes, dificultando o acesso da população ao item considerado essencial na preparação dos os alimentos. 

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No dia 7 de janeiro, a Petrobras anunciou um reajuste de 6% no valor do botijão de 13 kgs. Assim, as distribuidoras passaram a comprar o produto por cerca de R$ 35. Com vários acréscimos no preço antes dele ser repassado ao consumidor final, em algumas partes do País, o gás chega a ser vendido por mais R$ 100. Em entrevista a Rádio Jornal, a presidente executiva do Sindicato das Revendas de Gás de Pernambuco (Sinregás), Francine Gulde, afirmou que o atrelamento do preço do gás com o valor do dólar tem prejudicado o setor. Francine considera que a volta dos subsídios poderia ser uma alternativa para amenizar as dificuldades.

"Infelizmente, a situação hoje é complicada com a nova política da Petrobrás, tem oito meses que a gente só vem subindo o preço. E a revenda está numa situação muito crítica, tem que aumentar o capital de giro, toda vez que vai comprar tá mais caro e para repassar para o consumidor a gente entende que não cabe aumento nesse momento, seguramos ao máximo que a gente pode", afirmou a presidente do Sinregás.

Francine comentou a promessa do ministro da Economia, Paulo Guedes, de reduzir o preço do botijão de gás pela metade. A fala de Guedes aconteceu em junho de 2019, quando o botijão estava em um valor inferior ao praticado atualmente no País. "Quando o ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre baixar o preço do gás de cozinha, nos questionamos ouvir como ele iria fazer isso. E realmente, até hoje, o que ele falou não se concretizou. Pelo contrário, estamos chegando a 90 e 100 reais o preço do gás de cozinha. O maior prejudicado é a população mais carente", destacou Francine.

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A presidente do Sinérgas afirma que já tentou reduzir outros custos, na tentativa de baratear o preço do produto. "O Governo de Pernambuco colocou uma faixa de triagem em Suape, todos os caminhões agora para carregar tem que pagar um pedágio. Em setembro do ano passado, fizemos um documento pedindo a ajuda do governo sobre esses aumentos, solicitando que os caminhões que fazem a revenda de gás deixassem de pagar essa taxa". De acordo com Francine, o pedido não foi atendido. Ela destaca que o aumento no preço do gás prejudica a todos. "Para o consumidor fica complicado e para o revendedor também, já que o consumo diminui porque as pessoas buscam uma alternativa, como a lenha ou o álcool, o que é péssimo para saúde e diminui a revenda".

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