A fabricante de cervejas holandesa Heineken anunciou, nesta quarta-feira (10), que deverá cortar 8.000 vagas de emprego. A empresa teve prejuízo líquido de 204 milhões de euros (US$ 247,3 milhões) em 2020, revertendo lucro de 2,17 bilhões de euros apurado em 2019, em meio aos efeitos da pandemia do novo coronavírus.
A segunda maior cervejaria do mundo, atrás apenas do grupo belga-brasileiro AB InBev, informou que, com o objetivo de se recuperar, planeja reduzir seus efetivos em cerca de 10%, enquanto a maioria dos bares e restaurantes do mundo estão fechados ou funcionando com capacidade reduzida por causa das restrições governamentais impostas pelos diferentes países para conter a pandemia de covid-19. Na Europa, a empresa estima que cerca de 30% dos bares para os quais vendia foram fechados em 2020.
Em outubro, a Heineken anunciou que teria que cortar 8.000 postos de trabalho em todo o mundo "em função das circunstâncias locais", embora isso também afete a sede da empresa, localizada em Amsterdã. O lucro operacional ajustado - medida preferida da Heineken que desconsidera itens extraordinários - sofreu queda orgânica de 36% no ano passado, a 2,42 bilhões de euros, ficando um pouco abaixo do consenso de 2,45 bilhões de euros publicado no site da empresa. A receita líquida caiu para 19,72 bilhões de euros, ante 23,97 bilhões de euros em 2019.
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Já o volume consolidado de cerveja sofreu um declínio orgânico anual de 8,1%, enquanto o da marca Heineken diminuiu 0,4%. Por volta das 6h30 (de Brasília), a ação da Heineken operava em baixa de 1,4% na Bolsa de Amsterdã. O grupo, fundado em Amsterdã no século XIX, produz e vende mais de 300 marcas de cerveja, incluindo Heineken, Strongboow e Amstel, e emprega mais de 85.000 pessoas em todo o mundo. A cervejaria espera que as condições de negócios comecem a melhorar no segundo semestre de 2021.