Com o índice oficial usado para reajustas os contratos de aluguéis (IGP-M) nas alturas, não optar pela negociação do preço cobrado ao inquilino pode resultar num perda de até 70% da renda dos proprietários de imóveis, bem como na vacância da moradia. De acordo com estudo da maior plataforma digital de moradia do País - QuintoAndar, a renegociação e adoção de índices alternativos de reajuste de aluguel traz benefícios significativos tanto para os proprietários de imóveis residenciais quanto para seus inquilinos.
Segundo o levantamento, para donos que não negociam, a chance de rescisão antecipada aumenta significativamente e, caso ela se concretize, sua renda pode ser até 70% menor do que se tivesse aceitado alterar o índice de reajuste.
Ainda segundo o estudo, a taxa de rescisão antecipada, antes de 12 meses, é cerca de 10% maior do que a média quando não há negociação. Já no caso dos contratos renegociados, a chance de cancelamento antecipado é 87% menor que a média histórica.
“Analisando a série histórica dos índices de preço, cruzando com os dados de mercado, o estudo comprova que negociar é a melhor alternativa tanto para proprietários quanto para inquilinos”, defende o Head de comunicação do QuintoAndar, José Osse.
Para o inquilino, o estudo mostra ainda que a troca do IGP-M (considerado volátil) pelo IPCA (índice de inflação ao consumidor calculado pelo IBGE e usado como indicador oficial de preços no País) poderia gerar economia de R$ 1,2 bilhão por mês para os inquilinos brasileiros.
Caso todos os contratos ativos hoje tivessem sido corrigidos pelo IGP-M, o gasto mensal total dos inquilinos do País teria aumentado 20% mais do que efetivamente subiu.
Aluguel no Recife
Nos últimos doze meses, com base em dados do FipeZap, o preço do aluguel no Recife ficou em média 5,05% mais caro. Esse percentual é o maior em todo o País para o período, colocando a capital pernambucana como a terceira capital mais cara, em preço do metro quadrado; atrás apenas de São Paulo e Brasília.