CONSUMO

Grande Recife tem a maior inflação do País no mês de junho; saiba o que mais subiu

O maior aumento, de 1,9%, ocorreu no setor de Transportes, pressionado pela alta de 4,92% no preço da gasolina

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Lucas Moraes

Publicado em 08/07/2021 às 17:02 | Atualizado em 08/07/2021 às 17:38
Alimentos desaceleraram, dando vez às altas da energia e combustível - DAY SANTOS/JC IMAGEM

A Região Metropolitana do Recife (RMR) registrou a maior inflação do País, dentre as 16 localidades pesquisadas pelo IBGE, no mês de junho. A capital pernambucana teve um avanço de 0,92% no índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês passado, chegando ao maior índice já registrado em 2021. O percentual foi inclusive maior do que a média registrada no País (0,53%). 

No acumulado do semestre, a RMR teve inflação de 4,13%, empatando com Salvador em nono
lugar entre as regiões metropolitanas e capitais que fazem parte do levantamento. Esse percentual também está acima da média brasileira, de 3,77%, segundo o IBGE. 

No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA do Grande Recife teve aumento de 8,81%, novamente superior ao do Brasil (8,35%).

De acordo com a gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita, No Grande Recife há um somatório de questões que colocam a região na dianteira da inflação.

"Temos aqui um conjunto das duas coisas: aumento do grupo de alimentação, não muito diferente do que já vinha sendo ao longo dos últimos meses, e das commodities, como combustível aumentando bem mais, e a energia elétrica com a bandeira vermelha", explica. 

Segundo Estelita, embora o valor pago do auxílio emergencial tenha reduzido desde o ano passado, a manutenção do pagamento ainda tem o potencial de incrementar o consumo no Nordeste, pressionando ainda sobretudo grupos como o da alimentação, que agora passam a ter sua alta ofuscada por um crescimento ainda maior de outros itens, sobretudo combustíveis e energia. 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, todos tiveram alta, apenas os segmentos de Educação (0,03%) e Comunicação (0,01%) avançaram pouco, mantendo a estabilidade. 

O maior aumento, de 1,9%, ocorreu no setor de Transportes, pressionado pela alta de 4,92% no preço da gasolina, o item com maior peso individual no IPCA. Essa também é a categoria com inflação mais elevada tanto no acumulado do ano (8,78%) quanto no acumulado dos últimos 12 meses (16,45%).

Em segundo lugar está Habitação, afetado pelo aumento de 2,78% no preço da energia elétrica residencial, que está com a bandeira vermelha em vigor e tem o segundo maior peso individual nos índices de inflação do Grande Recife. Na terceira posição, estão os Artigos de residência, com elevação de 1,25%, seguidos por Vestuário (0,97%), Alimentação e bebidas (0,69%), Saúde e cuidados pessoais (0,46%) e também Despesas pessoais (0,32%).

Mercadorias com maiores aumentos 

Fígado 8,87%

Açúcar refinado 8,41%

Melão 7,72%

Melancia 6,67%

Queijo 6,23%.

Etanol 6,07%

Aves e ovos 4%

Gás de botijão 2,95%

Quedas 

Transporte por aplicativo -36,84%

Batata inglesa -17,75%

Cebola -17,44%

Feijão macáçar -13,36%

Cenoura -12,07%

 

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