Com mais uma aceleração no preço da locação residencial, nos 12 meses completados em outubro último, o Recife renovou a marca da cidade com maior variação do Brasil no preço do aluguel. No período, o preço do metro quadrado para locação avançou 11,68%, acima do acumulado da inflação (IPCA), mas abaixo do IGP-M. O preço médio da locação residencial na cidade é o segundo maior do País, perdendo apenas para São Paulo, no mês passado.
Levando-se em conta apenas o resultado do mês de outubro, o Recife também figurou entre as cidades com as maiores variações. Atrás apenas de Florianópolis (+1,93%), Fortaleza (+1,85) e Belo Horizonte (+1,29%), a capital pernambucana registrou no último mês uma alta de +1,14%.
No mesmo período, o preço do metro quadrado para locação residencial colocou a cidade no segundo lugar em todo o País. Com base em dados de 25 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap de Locação Residencial, o preço médio do aluguel encerrou o mês de outubro em R$ 31,08/m².
Comparando-se a apuração nas 11 capitais acompanhadas pelo Índice, São Paulo apresentou o preço médio de locação mais elevado (R$ 39,37/m²), seguida pelos valores registrados no Recife (R$ 34,68/m²), Brasília (R$ 33,25/m²) e Rio de Janeiro (R$ 31,71/m²).
A capital pernambucana tem em disparada a maior rentabilidade (razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda) brasileira. Por aqui, a rentabilidade é de 6,4%. A média nacional é 4,6%. São Paulo, que vem em segundo lugar, registra 4,9%.
No ano, a variação do aluguel no Recife ficou em +9,54%, atrás apenas de Curitiba, no Paraná. A média nacional ficou em 2,38% no ano, resultado que mantém o comportamento do preço do aluguel de imóveis residenciais abaixo da inflação acumulada pelo IPCA/IBGE (+8,24%) e pelo IGP-M/FGV (+16,74%).
O índice FipeZap aufere as ofertas feitas pelos proprietários em anúncios na plataforma. No Recife, a amostra teve como base 3.853 anúncios.
De acordo com especialistas no mercado, já ouvidos por este JC, com pouca extensão territorial e alta concentração da oferta de imóveis em determinados bairros, a capital pernambucana, no que diz respeito ao aluguel, vem se equiparando o custo de vida a cidades como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Outro ponto apontado neste ano, é a volta da demanda após a pandemia e a oferta em desequilíbrio pela cidade. O que leva os preços às alturas nos bairros que concentram maior infraestrutura e serviços. Entenda melhor neste link.