A Gospel Fashion Day está em sua 9a edição, mas o sentimento de organizadores e lojistas é como se fosse a primeira. A feira de produtos de moda, beleza e decoração - voltada para o público evangélico/cristão - deixou de ser realizada nos últimos dois anos, em função da pandemia da covid-19. Agora, neste retorno, foi preciso repensar o evento para se adequar a uma nova realidade. A economia mudou, o consumidor está mais retraído e os protocolos sanitários (apesar de necessários) limitam alguns processo. Mas nada que a criatividade e a capacidade de reinvenção do empreendedor pernambucano não tire de letra. Tanto, que o primeiro dia do evento bombou nesta sexta-feira (19), no Camará Shopping, em Camaragibe. O evento segue até o domingo (21) à noite.
- Gospel Fashion Day, evento especializado em público Cristão, está de volta após parada durante a pandemia
- Blogueira de moda evangélica criou o Gospel Fashion Day
A organizadora do evento e consultora de estilo, Vívian Oliveira, confessa que teve um certo receio em retomar a feira, mas está feliz com os primeiros resultados. "Eu tive um pouco de medo de chamar os lojistas de volta, porque ficava imaginando se eles teriam retorno, mas fiquei impressionada quando coloquei a mensagem no nosso grupo informando que a feira ia voltar. Os lojistas toparam muito mais rápido. Essa feira vendeu tão rápido quanto a de 2017, quando todos os estandes já estavam comercializados em 15 dias", revela.
A Gospel Fashion Day tem entrada gratuita e funciona das 11h às 22h. São 30 empresas trazendo com produtos especializados para o público evangélico/cristão. A feira reúne estandes de moda masculina, feminina e infantil, bolsas, calçados, gastronomia, acessórios, decoração, moda praia e UV, livraria e outros. A expectativa dos organizadores é receber um público superior a 7 mil pessoas, além de superar em pelo menos 20% o faturamento de R$ 300 mil registrado na última edição, em 2019.
"Graças a Deus, o nosso primeiro dia já nos surpreendeu demais. A feira já começou cheia, mesmo na abertura, no horário da manhã, quando sabemos que o maior movimento é à tarde. As pessoas estavam ansiando por comprar, por voltar a ver as coisas. E os lojistas também para voltar a vender e ter renda. A feira sempre foi uma bênção para eles e muitos abriram suas lojas físicas depois da participação no evento. Agora, depois da pandemia, acontece um momento ao mesmo tempo triste e curioso. A pandemia quebrou muitos negócios, que precisaram fechar suas lojas físicas, mas fazem uma retomada aqui na feira", conta Vívian.
Promoções e disposição para negociar
Quem for à Gospel Fashion Day disposto a comprar, não vai voltar de mãos vazias por falta de desconto, promoções ou condições de parcelamento. Dispostos a recuperar o tempo perdido, quando o fechamento do comércio prejudicou as vendas, os lojistas estão ainda mais receptivos a negociar. Bem dentro do espírito da feira, Ester Cândido resume o propósito: "Melhor R$ 130 na mão do que R$ 150 voando", diz sobre a possibilidade de não perder uma venda. Ela, junto com o marido Berg, são donos da Hadassa, marca de bolsas e calçados que tem o nome da filha do casal.Na Hadassa é possível encontrar bolsa de R$ 90,00 remarcada por R$ 49,90; outra de R$ 29,90 por R$ 15,00. As de maior valor baixaram de R$ 169,90 para R$ 149,90.
Já na Mais que Pano, um estande que encanta pelo cuidado e beleza dos produtos, é possível comprar vários produtos com desconto de 10%. O casal de empresários Danielle Alves e João Marcos fazem panos de pratos com frases motivadoras, bem-humoradas e inspiradoras e também vendem bandejas artesanais e madeira e cerâmicas, produzidas por Seu Domingos Alves, pai de Danielle. Impossível passar na feira sem fazer uma parada no estande, que chama atenção pela beleza e cuidado dos produtos.
Outra família de empreendedores que está se destacando nesta edição da Gospel Fashion Day e enchendo o estande é a de Rose Leão, da BK Store. Especializada em moda feminina e infantil, a empresa está fazendo a clientela se acotovelar interessada na promoção de cinco vestidos por R$ 100 ou três vestidos de tricô por R$ 100. "Nossas peças são voltadas para o público evangélico. Eu como mulher evangélica sentia dificuldade em me vestir com elegância dentro dos padrões da igreja. Às vezes gostava de uma peça, mas era de alça. Aí precisava levar na costureira para reformar. Agora existem várias marcas que atendem esse público", diz.
A BK Store tem lojas físicas em Escada e Ribeirão e acabou de inaugurar mais uma no Cabo de Santo Agostinho. Com 5 anos de mercado, o negócio é tocado junto com o marido Alcemir, as filhas Alícia e Anny e o genro Ramon.
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