O ano de 2021 encerrou-se acima do esperado, com o IPCA refletindo o aperto que toda a população sentiu no bolso. No Brasil, a inflação fechou o ano em 10,06%, de acordo com os dados do IBGE; o que já representa um salto enorme frente os 4,52% registrados em 2020. A variação é a maior desde 2015, estourando e muito o teto da meta, estipulada em 5,25% pelo Banco Central.
No Recife, a alta dos preços foi ainda maior. No ano, o acumulado ficou em 10,42%, tendo, no último mês de dezembro, a segunda maior variação do País: 1,05%.
No último mês de dezembro, o Brasil apresentou uma variação de 0,73%, elevando à inflação no ano para a maior desde 2015 (10,67%). O resultado de 2021 foi influenciado principalmente pelo grupo Transportes, que apresentou a maior variação (21,03%) e o maior impacto (4,19 p.p.) no acumulado do ano. Em seguida vieram Habitação (13,05%), que contribuiu com 2,05 p.p., e Alimentação e bebidas (7,94%), com impacto de 1,68 p.p. Juntos, os três grupos responderam por cerca de 79% do IPCA de 2021.
Ainda nos números nacionais, o grupo Transportes sentiu a alta da gasolina (47,49%) e etanol (62,23%), além do preço dos automóveis novos (16,16%) e usados (15,05%). Na Habitação, a principal contribuição veio da energia elétrica (21,21%).
A Alimentação e bebidas, embora ainda siga em alta, teve variação menor que a do ano anterior (14,09%), quando contribuiu com o maior impacto entre os grupos pesquisados.
Na capital pernambucana, as maiores variações também vieram dos grupos Transportes e Habitação, com, respectivamente, variações de 21,86% e 13,18%. Na capital pernambucana, no mês de dezembro, a gasolina chegou a apresentar redução de 0,30%, mas não o suficiente para reverter a carestia ao longo do ano. Já a energia elétrica subiu 1,31% no último mês, apresentando a terceira maior alta no País para o período.
No ano, o preço da gasolina no Recife acumulou alta de 46,09%. O etanol, 49,04%. A energia elétrica residencial variou 17,85%.
O valor máximo de aposentadorias e pensões pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) subirá de R$ 6.433,57 para R$ 7.087,22 em 2022. Esse também deverá ser o valor de referência máximo para calcular as contribuições à Previdência.
O valor é calculado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado como referência para reajustes salariais e benefícios previdenciários, que ficou em 10,16% em 2021, segundo divulgou nesta terça-feira, 11, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pela legislação federal, o índice de reajuste do benefício de aposentados e pensionistas que recebem valor superior ao do salário mínimo é definido pela variação INPC do ano anterior.
A portaria que oficializa o reajuste de aposentados que ganham acima de um salário mínimo ainda precisa ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) pelo governo federal.
Pela lei, aposentadorias, auxílio-doença, auxílio-reclusão e pensão por morte pagas pelo INSS não podem ser inferiores ao salário mínimo.
O piso de R$ 1.212 em 2022 não repõe a inflação do ano passado, já que incorporou a diferença do salário mínimo de 2021, que também tinha ficado abaixo da inflação do ano anterior.