Uma pesquisa de preços realizada pelo Procon-PE nos medicamentos genéricos identificou uma variação nos valores que chega a 732,92%. No fim de março, o governo federal deu o aval para um reajuste de 10,89% nos preços dos medicamentos no País.
O levantamento foi feito de 12 a 20 de abril em farmácias do Recife, Olinda e Camaragibe, na região metropolitana. No total, foram pesquisados 26 tipos de remédios.
De acordo com o Procon, a maior variação foi encontrada em medicamento da classe dos anti-histamínicos (anti-alérgicos). A caixa com 12 comprimidos custa de R$ 2,40 a R$ 19,99 em estabelecimentos diferentes.
Na sequência, está o analgésico à base de ácido acetilsalicílico, cuja cartela com 10 comprimidos apresentou variação de de 618%: de R$ 0,50 em uma farmácia e de R$ 3,59 em outra.
Já no anti-inflamatório, a diferença é de 532,06%; no medicamento para reduzir os níveis de colesterol, 348,12%. Para este último, o menor preço achado foi R$ 19,99, e o maior, R$ 89,58 (caixa com 30 comprimidos).
O medicamento com menor variação de preço foi o utilizado para reposição hormonal, uma diferença de 81,93%
Para a gerente geral do Procon-PE, Ana Carolina Guerra, a pesquisa é importante para auxiliar o consumidor, "uma vez que o aumento nos medicamentos gera um impacto nas despesas mensais do cidadão e, principalmente, para o público que faz uso contínuo de algumas dessas medicações".
O Procon lembra ainda que alguns remédios de uso contínuo são disponibilizados de maneira gratuita pelo programa "Farmácia Popular", do governo federal, em redes de farmácias credenciadas pelo Ministério da Saúde.
A pesquisa completa de preços dos medicamentos genéricos pode ser conferida no site do Procon.