A partir desta sexta-feira (29), os pernambucanos de 3,9 milhões unidades consumidoras irão arcar com mais um aumento. Desta vez, a alta é incidente sobre a conta de energia, e foi homologada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nessa terça-feira (26). Por unanimidade, os diretores da agência aprovaram um reajuste médio de 18,98% - alcançando um patamar só visto na crise iniciada em 2014 (17%).
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Para os consumidores de alta tensão (a exemplo de fábricas e grandes comércios) a variação média será de 19,01%. Já na baixa tensão, o efeito médio do reajuste será de 18,97%, incluindo os consumidores residenciais urbanos, que irão arcar com uma alta de 18,50%.
De acordo com o diretor-relator Sandoval de Aroldo Feitosa Neto, os custos incorridos com geração de energia e encargos de segurança energética, em meio à maior crise hídrica do País em 91 anos, vivenciada em 2021, além da alta inflação, foram os principais fatores a influenciarem o reajuste tão fora da curva do que se viu nos últimos anos.
"Até o ano passado, as tarifas acompanhavam os índices tomados como referência da variação inflacionária do País. Ainda em 2021, com a alta escalda do IGPM, as tarifas ainda estavam muito abaixo, em que pese o fato deste contrato (da Neoenergia Pernambuco) ter duas particularidades: parcela b corrigida pelo IGPM e contrato bilateral; além do custo do combustível. A crise hídrica do ano passado foi impactante ao ponto de ter esse descolamento da tarifa quando comparado com o IPCA, mas ficando ainda assim abaixo do IGPM", ponderou.
Para minimizar o impacto do reajuste, a Neoenergia diz que pleiteou a utilização dos créditos tributários referentes à exclusão do ICMS da base do PIS/Cofins. Além disso, antecipou créditos que já seriam mais à frente revertidos aos consumidores, o que garantiu redução do índice em 3,42 pontos percentuais. A Superintendência de Gestão Tarifária da Aneel alertou que sem abatimentos, a conta poderia subir até 29%.
Com o atual reajuste, em virtude do fim da Bandeira Tarifária Escassez Hídrica, que estabelecia uma cobrança extra de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, o cliente residencial convencional teve uma redução média de 3,4% na conta de energia, percentual bem diferente dos 20% que haviam sido anunciados pelo governo federal.
Na composição da conta, a Aneel aponta que pesaram mais o custo de energia (34,1%) e os tributos (27,5%). A Neoenergia, por sua vez, diz que fica com 22,7% do valor pago pelos consumidores.
Economia na conta de luz
A Neoenergia divulgou iniciativas que promovem o consumo consciente de energia elétrica. São algumas dicas para economizar energia e reduzir a conta de luz no final do mês.
As boas práticas passam pela melhor escolha dos aparelhos eletrônicos, desligamento de eletrodomésticos quando não estiver sendo utilizado e aproveitar ao máximo a luz natural nas residências. Confira: