Presidente da Torcida Jovem do Sport, Henrique Marques, disse, em entrevista ao programa Por Dentro com Cardinot, da TV Jornal, que a confusão entre torcidas organizadas antes do Clássico das Multidões entre Leão e o Santa Cruz, no último sábado, foi uma tragédia anunciada. De acordo com o rubro-negro, a extinção das uniformizadas por parte da Justiça não será suficiente para acabar com os grupos. Ele pede maior diálogo com as autoridades.
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"Primeiro, a Torcida Jovem está extinta. Segundo, foi uma tragédia anunciada. Com é uma questão de segurança pública, porque não é só torcida organizada que vai para o estádio não. Está tudo que é torcedor ali: mulher, menino, como foi a criança ali, todo tipo de cidadão. É uma questão de segurança pública e por que o Governo do Estado dá as costas. Como se trata um problema de segurança pública e não chama a torcida para conversar? A gente nem sequer foi ouvido. Somos pais de família, dependemos daqui. E a gente nem sequer foi ouvido. A solução deles é chegar e prender 10 pessoas e 9.990 vão fazer a mesma coisa. Enquanto não chegar, não escutar a torcida, não vai ter solução", garantiu Henrique, referindo-se à extinção das Torcidas Organizadas de Pernambuco, em fevereiro.
De acordo com o presidente da Jovem do Sport, o melhor caminho para resolver a situação é a conversa e o cadastramento de todos os membros, algo que deveria acontecer de acordo com o Estatuto do Torcedor, mas que não foi executado em Pernambuco.
"(A solução é) sentar e conversar. Porque até então não é a marca que quebra e causa tumulto. Quem causa tumulto é o cidadão que sai de casa com aquele intuito. Não vejo nada demais a Polícia de São Paulo, o Ministério Público de São Paulo cadastra o torcedor. Não custa nada escutar e passar ideias. Para chegar em uma solução. Vai estar aí apreendendo, levando, vai extinguir Jovem, Inferno e Fanáutico. Não é esse o resultado. Vai acontecer o que aconteceu. A gente exige o cadastro. Quer participar da torcida organizar? Que seja cadastrado. Seja vinculado à torcida como acontece em São Paulo. Aqui, a gente não vê o interesse do governo nem de ninguém para resolver. É chegar meter o papel, prender, extinguir. Essa não é a solução porque vai continuar", concluiu.