Rio pressiona por volta de torcedores aos estádios de futebol

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, fará um apelo para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) autorizar a presença de público na partida entre Flamengo e Athletico-PR, no dia 4 de outubro, no Maracanã.
JC
Publicado em 20/09/2020 às 1:24
Nesta quarta-feira Flamengo e Fluminense se enfrentam. Foto: ANDRÉ FABIANO/ESTADÃO CONTEÚDO


O Rio de Janeiro está pressionando a volta de público aos estádios, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus. O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, fará um apelo para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) autorizar a presença de público na partida entre Flamengo e Athletico-PR, no dia 4 de outubro, no Maracanã. A ideia é que o estádio receba 20 mil torcedores, um terço de sua capacidade atual.

O futebol no país ficou parado por mais de três meses a partir de março por causa da pandemia da covid-19. Desde o retorno, começando pelo Rio, em junho, as partidas têm acontecido com os estádios vazios. "As Regras de Ouro deverão ser seguidas. Temos duas semanas para que a federação, os administradores do estádio e a Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro se ajustem. E pronto. Maiores de 60 anos, por favor, fiquem em casa. E menores de 12 também", disse Crivella.

A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) já havia divulgado a possibilidade de o público poder voltar aos estádios, após reunião com "todos os órgãos competentes". Segundo a entidade, uma nova reunião será realizada na próxima semana para discutir o assunto.

No entanto, os planos devem ser adiados uma vez que o governador interino do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), prorrogou as medidas de isolamento social no estado. Em edição extra do Diário Oficial divulgada pelo governo estadual do último sábado (19), Castro mantém, até o dia 6 de outubro, a suspensão da "realização de eventos com a presença de público, tais como evento desportivo, show, comício e passeata".

Para Marcelo Crivella, a presença de torcedores no Maracanã vai diminuir o número de pessoas nas praias do Rio de Janeiro. O prefeito espera que o jogo seja realizado às 11h. A partida é válida pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro e está marcada para as 16h na tabela da CBF. "Faremos um apelo à CBF no sentido de que possa nos ajudar para que o Maracanã seja uma alternativa à praia, que é hoje talvez o maior problema do Rio de Janeiro, com grandes aglomerações de pessoas sem máscara. Se o jogo puder ser às 11h, vai ser ótimo para nós", disse Crivella. "Estamos falando de 20 mil pessoas no Maracanã. Seriam 20 mil pessoas a menos nas praias do Rio de Janeiro", acrescentou.

A prefeitura do Rio de Janeiro reforçou que seria obrigatório o uso da máscara de proteção e aferição de temperatura na entrada dos estádios. Para evitar aglomerações, a venda dos ingressos será pela internet. No entanto, a decisão ainda depende também do aval da Confederação Brasileira de Futebol, CBF, que ainda não se pronunciou.

CORINTHIANS

Já alguns clubes já se mostram contrários. O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, afirmou que o time não entrará mais em campo no Brasileirão se a torcida for liberada somente para os jogos disputados no Rio de Janeiro. "O Corinthians só aceita a volta do público aos estádios se todos os times da Série A tiverem a mesma oportunidade, independente do estado ou cidade. Se não forem as mesmas condições pra todos não entraremos em campo", declarou Sanchez, em seu perfil no Twitter.

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