O vice-presidente do Náutico, Diógenes Braga, admitiu que o Náutico errou ao manter a maioria do elenco que foi campeão da Série C em 2019 para a disputa da Série B da temporada 2020. Em entrevista ao comentarista Ralph de Carvalho, da Rádio Jornal, o dirigente alvirrubro afirmou que a direção está ciente do erro. Na visão do mandatário, o Timbu deveria ter mantido parte do elenco que conquistou a Terceira Divisão, mas com um número de atletas menor do que manteve.
"A gente errou, a gente sabe disso. A gente não se exime de erros. A gente trilhou por um caminho da manutenção da base do time que foi campeão (da Série C). Acho que a manutenção da base não era errada, mas a gente errou na mão. Acho que a gente permaneceu muito. Era para ter permanecido com a base mas com um pouco menos", afirmou o vice-presidente alvirrubro.
Para a temporada 2021, a direção alvirrubra não quer cometer os mesmos erros. Por conta disso, o discurso nos Aflitos é de contratar jogadores adaptados a Série B, pois eles já têm conhecimento da competição e estão acostumados com a maratona de jogos. O planejamento do Náutico, aliás, deve começar a andar com passos mais acelerados a partir desta semana, uma vez que o Timbu já oficializou a contratação do novo executivo de futebol Ari Barros, que chega como peça-chave para tocar o planejamento do clube, uma vez que ele conquistou dois acessos com o Juventude nas últimas duas temporadas e chega gabaritado.
"Buscar atletas que conheçam melhor a divisão, que estejam mais acostumados com a divisão. Atletas acostumados com uma sequência de jogo tão dura, preparados para dois ou até mesmo três jogos por semana. A ideia da gente é trazer atletas que conheçam a divisão. E sobre característica, é muito do planejamento tático e técnico do treinador, do executivo e da diretoria. O time da gente nessa reta final ficou muito caracterizado pela intensidade, então é uma característica que a gente busca, e também atletas acostumados com a divisão e que não sintam essa sequência de jogos, porque no momento que precisasse rodar o time por suspensão ou por queda técnica, a reposição estivesse no nível mais próximo do titular", afirmou.
PEÇAS DE REPOSIÇÃO
Na visão de Diógenes Braga, um dos principais calos do Náutico nesta Série B foi não ter peças de reposição à altura, o que fazia o nível da equipe cair bastante quando alguma mudança acontecia, seja por lesão, suspensão ou até mesmo a queda técnica do titular. Por conta disso, a ideia do dirigente alvirrubro é trazer mais peças de reposição para esta temporada, contratando jogadores adaptados a Série B e que entreguem um nível parecido daqueles que são titulares.
"A gente tem que repensar em alguns equívocos do planejamento, um desses foi esse. E a gente tem que pensar não só nos 11, mas também nas peças de reposição. Durante o campeonato saíram dez atletas saíram e chegaram nove, que nos ajudaram muito no quesito peças de reposição. E isso ajudou muito a gente a sair da zona de rebaixamento. Não tem como pensar só nos 11, tem que pensar nas peças de reposição e a gente está bem ciente disso", finalizou.