Após conquistar o ouro nas Olimpíadas de Tóquio, o lateral Daniel Alves e o atacante Matheus Cunha dedicaram a medalha à Região Nordeste. Isso porque o capitão da seleção canarinha é baiano, e o autor de um dos gols da vitória brasileira por 2x1 sobre a Espanha nasceu na Paraíba e tem profunda ligação com Pernambuco. Ao fim da partida, os atletas gravaram um vídeo para as redes sociais e gritaram: "É nosso [ouro], Nordeste".
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É ouro
Após uma partida eletrizante e perigosa para os cardíacos, a seleção brasileira sagrou-se bicampeã do futebol nas Olimpíadas de Tóquio neste sábado (7). Os brasileiros venceram os espanhóis por 2 a 1, na prorrogação. O jogo foi realizado no estádio de Yokohama, palco do penta do Brasil em 2002. Os gols brasileiros foram marcados por Matheus Cunha e Malcom. Já Oyarzabal balançou as redes para o lado espanhol.
Com o resultado, o Brasil se torna o segundo maior vencedor do torneio olímpico, com dois ouros, atrás apenas de Reino Unido e Hungria, que possuem três medalhas douradas. No número total de idas ao pódio, com sete, o país já lidera no futebol masculino.
A medalha de bronze no futebol masculino nos Jogos de Tóquio ficou com o México, que venceu o Japão por 3 a 1.
O jogo
O jogo teve início com a Espanha marcando pesado no setor defensivo brasileiro, deixanda Canarinha com dificuldades para passar do meio de campo. Apesar disso, a pressão espanhola quase não se converteu em chances de gol, com exceção de uma bola cruzada na área que Diego Carlos, antes de cortá-la, quase marcou contra.
Pouco a pouco, o time comandado por André Jardine conseguiu encontrar espaços para fazer avançar, dando forma ao que poderia ser o primeiro gol da partida. Unai Simón saiu mal do gol, fez pênalti em Matheus Cunha, mas Richarlison cobrou muito mal, por cima do gol.
Nos acréscimos do primeiro tempo, saiu a bola certeira de Matheus Cunha. Em bola cruzada na área, ele brigou com os zagueiros, conseguiu clarear a finalização e não perdoou: 1 a 0 Brasil.
Na volta do intervalo, a Espanha se viu obrigada a buscar mais o ataque e tentar o empate, que não demorou muito a sair. Aos 16 minutos, Oyarzabal bateu de primeira o cruzamento e escreveu 1 a 1 no placar.
Depois disso, a Espanha foi se aproximando de vencer no tempo regulamentar, com duas bolas na trave no segundo tempo, assustando o goleiro Santos.
Prorrogação
O Brasil sentiu o cansaço e o técnico André Jardine guardou as substituições para a prorrogação. Malcom foi o primeiro a entrar e colocou o Brasil novamente no domínio das ações.
Logo no começo do segundo tempo da prorrogação, recebeu lançamento no contra-ataque e fez na sáida do goleiro espanhol: 2 a 1 Brasil.
Ficha do jogo
Brasil 2
Santos; Daniel Alves, Nino, Diego Carlos e Guilherme Arana; Douglas Luiz, Bruno Guimarães e Claudinho; Antony (Gabriel Menino), Richarlison e Matheus Cunha (Malcom). Técnico: André Jardine.
Espanha 1
Simón; Óscar Gil (Vallejo), Eric García, Pau Torres e Cucurella (Miranda); Zubimendi (Moncayola), Merino (Soler) e Pedri; Asensio (Bryan Gil); Olmo, Oyarzabal (Rafa Mir). Técnico: Luis de La Fuente.
Árbitro: Chris Beath (Austrália)
Assistentes: Anton Shchetinin (Austrália) e George Lakrindis (Austrália)
Quarto árbitro: Artur Dias (Portugal)
VAR: Abdulla Al Marri (Catar)
Gols: Matheus Cunha (Brasil, 46' do 1ºT), Oyarzabal (Espanha, 16' do 2ºT) e Malcom (Brasil, 2' do 2ºT da prorrogação)