Planejando medidas para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série B em meio à pandemia do novo coronavírus, o Náutico e os demais clubes tiveram nesta segunda-feira (20) mais uma reunião com o Conselho Nacional dos Clubes (CNC). Para tentar garantir o recebimento da cota de televisionamento do campeonato, o presidente Edno Melo revelou que os times prepararam uma carta que será entregue nesta terça-feira (21) à emissora detentora dos direitos de transmissão da competição.
"Os presidentes dos clubes se reuniram ontem juntamente com o Conselho Nacional dos Clubes, que representa a Série A e a Série B, além dos clubes que ainda estão na Copa do Brasil. Foi feita uma carta que vai ser entregue hoje à Rede Globo confirmando o compromisso de ter as 38 datas e em contrapartida ter a manutenção dos pagamentos. Se já era vital para os clubes, hoje a cota é fundamental e essencial para a sobrevivência e manutenção dos pagamentos dos clubes", explicou Edno Melo, em entrevista a Ralph de Carvalho, para a Rádio Jornal.
O Náutico e os demais clubes da Série B recebem dez parcelas de R$ 600 mil pelo televisionamento do campeonato. O presidente alvirrubro revelou que já foram pagas as duas primeiras prestações. "Até agora eles estão totalmente adimplentes. Pagaram duas das dez parcelas de R$ 600 mil e está previsto pagar a próxima em maio. Espero que seja pago, porque é com esse dinheiro que estamos mantendo as contas em dia do clube. Temos o receio porque pode complicar muito a vida de todos os clubes", destacou o presidente alvirrubro.
De acordo com o presidente do Náutico, até o momento não houve nenhuma garantia do recebimento das demais parcelas da cota de televisionamento da Série B, por isso os clubes prepararam a carta para evitar o atraso. Definindo a cota como a principal fonte de receita do clube para a temporada, Edno Melo garantiu continuar com os salários em dia caso o dinheiro realmente seja pago.
"Garanto. A gente contou com o dinheiro certo que vamos receber e não aquele que poderíamos receber. Então essa verba da Série B era um dinheiro certo que a gente tinha e a nossa folha foi feita justamente em cima desse valor. Até agora não foi colocado (garantia), por isso que estamos se antecipando e indo em encontro justamente para evitar esse atraso que hoje está sendo a principal receita dos clubes", completou Edno.