No Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, nesta quarta-feira, 27 de janeiro, o Escritório Central de Estatísticas de Israel divulgou que 900 sobreviventes do genocídio nazista morreram no ano de 2020 por complicações da covid-19. Segundo a agência RFI em Tel Aviv, no último ano faleceram 15 mil vítimas do holocausto, ou seja, 6% dessas mortes foram causadas pelo novo coronavírus.
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Hoje ainda vivem em Israel 178,4 mil sobreviventes, 76 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial. Desse total, 5,3 mil foram contaminados pelo coronavírus. A média de idade deles é de 84 anos. Por dia, cerca de 40 deles falecem.
Os presidentes de Israel, Reuven Rivlin; da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier; e do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmaram que trabalham juntos para “preservar a memória do Holocausto e lutar contra o antissemitismo”.
"Prestamos homenagem aos sobreviventes. Seus testemunhos permanecerão para sempre como uma barreira contra aqueles que negam o passado. Trabalharemos juntos para garantir que as lições do Holocausto e o voto sagrado de 'Nunca Mais' sejam transmitidos aos nossos filhos, os filhos dos nossos filhos e todas as gerações futuras”, afirmou.
Memória
O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto foi instituído em 2005 pela Assembleia Geral das Nações Unidas. O regime nazista assassinou cerca de seis milhões de judeus. Mas também foram vítimas da política de extermínio ciganos, homossexuais e comunistas. Pelo campo de Auschwitz, passaram mais de 1 milhão das vítimas do regime.
Os nazistas chegaram ao poder na Alemanha em 1933, sob o comando de Adolf Hitler. A partir de um nacionalismo exacerbado, foram instauradas políticas de cunho racista de perseguição a minorias étnicas, especialmente os judeus. O regime alemão se aproximou de outros países que, à época, estavam sob o domínio de ideologias semelhantes para desencadear a Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945. Foi durante esse período que os campos de concentração fizeram a maior parte de suas vítimas.