O apoio do povo americano à retirada de suas tropas do Afeganistão diminuiu drasticamente devido a imagens perturbadoras que emanaram de Cabul após a ascensão dos talibãs, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (17).
49% dos 1.999 eleitores ouvidos pela publicação local Politico e pela empresa de consultoria Morning Consult, de 13 a 16 de agosto, apoiaram a decisão do presidente democrata Joe Biden de se retirar militarmente do Afeganistão.
Em abril, quando Biden anunciou que todas as tropas dos EUA deixariam o Afeganistão antes do 11 de setembro, 69% apoiavam essa decisão.
- Veja as últimas notícias de hoje sobre o Afeganistão após Talibã retomar o poder
- Boris Johnson discute Afeganistão com Merkel e pede respeito aos direitos humanos
- China denuncia 'caos terrível' dos Estados Unidos no Afeganistão
- Orem pelo Afeganistão: internet pede orações após o Talibã assumir controle do país
- Carla Vilhena sofre críticas após cobrar uso de máscara no Afeganistão
Em contraste, 51% dos eleitores consultados agora criticam a forma como o presidente lidou com a retirada, de acordo com a pesquisa. E 45% acreditam que os Estados Unidos não deveriam retirar suas tropas se essa saída permitir que os talibãs recuperem o controle do país, como acabaram fazendo.
Por outro lado, 48% se opuseram à retirada das tropas se isso "abrir caminho para que a Al Qaeda e outros grupos terroristas estabeleçam operações no Afeganistão".
A pesquisa realizada entre eleitores de todas as tendências políticas tem uma margem de erro de 2 pontos percentuais.
Esta última pesquisa foi realizada enquanto os talibãs lideravam sua ofensiva meteórica e retomavam a capital Cabul, levando a administração Biden a anunciar o envio de 6.000 militares para proteger o aeroporto durante a evacuação de cerca de 30.000 civis americanos e afegãos que temem por suas vidas.
Joe Biden teve considerável popularidade na opinião pública para uma retirada total que encerraria a mais longa guerra já travada pelos Estados Unidos, que iniciou sua intervenção militar após os atentados de 11 de setembro de 2001.