EMERGÊNCIA

Vulcão nas Ilhas Canárias apresenta 'instabilidade' e nível de alerta aumenta

Erupção piorou e mais zonas devem ser evacuadas; turistas estão lotando região

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Do jornal Correio para a Rede Nordeste

Publicado em 24/09/2021 às 15:20
Vulcão Cumpre Vieja em erupção - DESIREE MARTIN / AFP

O governo das Ilhas Canárias, na Espanha, divulgou nesta sexta-feira (24) que o nível de emergência com o vulcão Cumbre Vieja subiu. O plano de emergência agora é nível 2, ao invés de 1, seguindo em luz vermelha.

Na descrição dos riscos, o governo afirma que houve intensificação no fenômeno explosivo e aumento de instabilidade na região do vulcão. Com isso, os materiais emitidos podem alcançar uma distância maior.

É possível que cinzas e material quente chegue além da zona estabelecida como zona de exclusão, que foi evacuada. Moradores podem sentir também vibrações e detonações vindas do vulcão.

Com isso, estão como zonas como a evacuar Tajuya e Tacande de Abajo, Tacande de Arriba, que já havia sido parte evacuada anteriormente.

Apesar dos riscos, o vulcão atraiu turistas para a região. Segundo reportagem do El País, alguns turistas pagaram até 500 euros (cerca de R$ 3,1 mil) para viajar até a área e ver a erupção o mais perto possível.

Durante todo ano de 2019, antes da pandemia, a ilha recebeu cerca de 729 mil vistantes, que ficaram em seus 17 mil leitos turísticos. Agora, a maior parte das pousadas e hotéis está lotada. A reportagem diz que a pressão por alojamento na ilha está tamanha que dificulta até a busca por moradias de desabrigados pelo vulcão.

Possibilidade de tsunami é baixa
Desde o último dia 15, este vulcão tem sido observado por especialistas, pois, caso a erupção seja forte o bastante, um tsunami capaz de atingir toda a costa do Atlântico seria formado.

Em nota, tanto a Sociedade Brasileira de Geologia quanto um grupo de estudo formado por universidades baianas, como a Ufba e Uefs, avaliam que a chance da onda gigante se formar e atingir a costa brasileira é remota, porém real e digna de atenção. Esta explicação foi adiantada pelo oceanógrafo Carlos Teixeira, da Universidade Federal do Ceará, em entrevista ao CORREIO na última quinta-feira (16).

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