Da AFP
Um manifestante de 22 anos morreu nesta quinta-feira (9) por ferimento de arma de fogo durante protestos contra o governo de Dina Boluarte ocorridos na região de Apurímac, informou, nesta sexta-feira (10), o Ministério Público do Peru.
Com essa morte, amentada pela presidente, subiu para 48 o número de civis que perderam a vida em enfrentamentos durante as manifestações, ao que se soma um policial que morreu no contexto do conflito, segundo um relatório da Defensoria do Povo.
Uma promotoria de Direitos Humanos de Apurímac investiga "as circunstâncias nas quais um cidadão perdeu a vida e outros três ficaram feridos, após as manifestações sociais ocorridas em 9 de fevereiro na província de Aymaraes", em Apurímac, 776 km ao sul de Lima.
Foram registrados ontem protestos com milhares de manifestantes em várias cidades do Peru, que exigiram a renúncia da presidente, eleições gerais e justiça para os mortos nas mobilizações.
PRESIDENTE DO PERU LAMENTA MORTE
A presidente, originária de Apurímac, falou sobre o caso hoje. "Lamento muito a morte do cidadão em Apurímac ontem, naquele confronto em que foi incendiado um ônibus de transporte interprovincial, foi incendiada a cabine de pedágio. Meus pêsames à família", disse Dina em entrevista coletiva no Palácio de Governo, em Lima.
As marchas antigovernamentais começaram em dezembro, após a destituição do ex-presidente Pedro Castillo, que tentou dissolver o Congresso e governar por decreto, e que foi substituído por Dina Boluarte, sua então vice-presidente.