O álcool 70% se tornou item necessário e muito procurado desde o início da pandemia do novo coronavírus. Por isso, o produto ficou escasso no mercado e nos estoques das unidades de saúde. Com o objetivo de amenizar este efeito, o Campari Group iniciou a produção e doação do produto para as principais instituições de saúde de Pernambuco que atuam no combate à doença.
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Em uma ação iniciada em abril, o grupo doou tonéis de mil litros de álcool 70% para o Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Hospital Correia Picanço, Hospital da Mulher, Hospital Dom Élder Câmara e Instituto Materno Infantil (IMIP). Agora, a empresa se prepara para fazer o reabastecimento das cinco unidades já atendidas e acrescentou mais três novos locais de atendimento: a UPA Dulce Sampaio, Samu Manoel Borba e o Hospital Maria Alice Gomes Lafaiete
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O grupo mobilizou a produção de sua fábrica de Suape, no Litoral Sul, para ajudar o estado que, de se aproxima do dois mil mortos pela covid-19 e passa dos 22 mil casos confirmados, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE).
“O Campari Group sempre incentivou as pessoas a se unirem para aproveitarem juntas os melhores momentos da vida, mas, agora é momento de agirmos diferente e pensarmos no bem de todos. Nos mobilizamos para produzir álcool 70% na fábrica de Suape e ajudar o estado de Pernambuco nesse período difícil. Nos comprometemos a suprir esses hospitais por três meses e continuamos a produção sob a demanda deles. Com o rápido aumento dos casos, vamos continuar com iniciativas para auxiliar a sociedade como pudermos, e poder contribuir com mais três instituições nos alegra muito”, conta Carlos Moura, CEO do Campari Group no Brasil.
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Segundo dados do SAMU Manoel Borba, antes da pandemia o gasto mensal de álcool 70% era de 150 litros e hoje, com as ações de prevenção voltadas para proteção de funcionários e assepsia de equipamentos e viaturas, o uso dobrou - passando para 300 litros por mês. O que também acontece com a UPA Dulce Sampaio, no bairro de Torrões: a instituição passou a precisar de mais de 300 litros do insumo por mês, enquanto utilizava 190 litros antes da pandemia.
O mesmo se confirma com os dados fornecidos pelo Hospital Maria Alice Gomes Lafaiete, que além do uso para o atendimento dos pacientes, também precisa do álcool 70% para a assepsia geral de equipamentos e setores da instituição e para a esterilização de EPI’s. A média de 12 litros por dia chega agora a 35 litros.
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Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.