Após um protesto que reuniu centenas de representantes de escolas particulares de Pernambuco na manhã desta quinta-feira (3) o governo de Pernambuco se pronunciou, por meio da Secretaria de Educação e Esportes, informando que a decisão de prorrogação ou não do decreto n° 48.810, que proíbe aulas presenciais nas instituições de ensino desde o dia 18 de março de 2020 em virtude do avanço do novo coronavírus, depende da avaliação dos números da pandemia no Estado pela Secretaria de Saúde. Mais cedo, a comissão que se reuniu com representantes das secretarias da Casa Civil e da Educação comentou que a prorrogação do decreto não deverá acontecer novamente.
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"A Secretaria de Educação e Esportes informa que não há definição de data para retomada das aulas presenciais na educação básica. O decreto que determina a suspensão segue até o dia 15 de setembro e a decisão pela prorrogação ou não depende da avaliação dos números da pandemia no Estado pela Secretaria de Saúde e de decisão do Governo de Pernambuco", diz a nota.
Ao sair da reunião, o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe-PE), José Ricardo Diniz, disse que os secretários-executivos Carlos Eduardo Cabral (Articulação e Acompanhamento da Casa Civil) e João Charamba (Gestão da Rede de Educação e Esportes do Estado) prometeram que haveria um anúncio oficial sobre as indagações dos representantes das escolas particulares no dia 10 de setembro, durante coletiva de imprensa.
"O retorno a todos nós, é que temos um decreto que irá até o dia 15 de setembro, então esta data, obviamente, já está estabelecida. Na quinta-feira, no entanto, haverá um pronunciamento com relação às escolas. A fala deles é que não haverá prorrogação do decreto", disse na saída do Palácio do Campo das Princesas.
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No último dia 31 de agosto, durante coletiva de imprensa online que contou com a participação dos secretários Fred Amâncio (Educação e Esportes) e André Longo (Saúde), o governo anunciou que as aulas presenciais da educação básica estão proibidas até o próximo dia 15 de setembro.
O protesto realizado nesta quinta-feira (3) foi motivado pela prorrogação do decreto n° 48.810 apenas para a educação básica. Na última segunda-feira (31), o governo de Pernambuco autorizou o retorno para as instituições de ensino superior. A retomada, dividida em 4 etapas, só será permitido a partir da próxima terça-feira (8) e é válido apenas para as faculdades e universidades localizadas nas macrorregiões I e II, além da Geres 8, na cidade de Petrolina, no Sertão do Estado. A Macrorregião compreende a Região Metropolitana do Recife (RMR) e Zona da Mata. Já a II engloba os municípios de Caruaru, Garanhuns e seus entornos, no Agreste.
No dia 8, as instituições só poderão receber 25% dos alunos. Já no dia 14 de setembro, podem voltar 50% dos estudantes. No dia 21, 75%. Por fim, no dia 28 de setembro, as instituições voltam a receber 100%.
Após o anúncio do governo, o presidente do Sinepe-PE afirmou que a decisão da gestão estadual "revela claramente que a educação não é prioridade". "É doloroso ver aglomerações, como as que foram vistas nas praias hoje, com pessoas sem máscara, ou desrespeitando as regras em recintos fechados", declarou.