A Marinha do Brasil (MB), está realizando inspeções no litoral pernambucano para monitorar os resultados das ações de limpeza das praias atingidas por manchas de petróleo cru nos meses finais de 2019. Os militares inspecionaram as faixas de areia das praias de Xaréu, Gaibu e Itapuama, no Cabo de Santo Agostinho; Muro Alto, Cupe, Porto de Galinhas e Maracaípe, no município de Ipojuca, ambos no Litoral Sul do Estado. Realizadas nos dias 14, 15, 16 e 21 de outubro, segundo a Marinha, durante as vistorias, o ambiente encontrado estava limpo e sem identificação de novos resíduos oleosos.
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O intuito é verificar a situação atual e estudar cenários que possam servir como protocolos futuros em caso de uma nova eventualidade. Em Pernambuco, o Cabo foi o município mais atingido pelo desastre ecológico, com mais de mil toneladas do resíduo de petróleo removido das faixas de areia. Itapuama foi a praia mais afetada, com 500 toneladas de resíduos retirados. O vazamento de petróleo cru atingiu mais de 2 mil quilômetros do litoral das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil em 2019.
As ações estão ocorrendo em parceria com a Capitania dos Portos de Pernambuco (CPPE), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas) e as Secretarias Municipais de Meio Ambiente das cidades onde ficam localizadas as praias afetadas. Medida faz parte da 4ª fase da Operação “Amazônia Azul - Mar Limpo é Vida!”.
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Estão programadas novas inspeções, nesta sexta-feira (23), nas praias do município de Tamandaré, na Zona da Mata Sul. Em nota, a MB informou que "permanece monitorando e fiscalizando a “Amazônia Azul”, região marítima equivalente a cerca de 67% do território brasileiro, de forma a manter a vasta área em condições ambientais seguras e adequadas ao seu uso sustentável".
Na manhã da última quarta-feira (21), representantes da Marinha, acompanhados da equipe técnica da Secretaria Executiva de Meio Ambiente do Cabo realizam uma vistoria entre as praias de Xaréu e Itapuama.
A Prefeitura do Cabo informou que o litoral continua a ser monitorado pelos agentes ambientais do município, "já que não se sabe o quanto de fragmento ainda existe no mar e que danos ambientais pode vir a causar, no futuro".
A secretária executiva de Meio Ambiente, Cleidiane de Lemos Vasconcelos, lembrou que “é inegável e imensurável o impacto ambiental que todo o derramamento causou. Fomos o município mais afetado do país e redobramos os trabalhos de vistorias, analisando os fragmentos e tentando nos antecipar a possíveis novas ocorrências. O trabalho, que já era feito, foi ainda mais intensificado. Lembramos de tudo que aconteceu, do esforço conjunto de todos para a retirada do óleo e é algo que estará sempre no nosso campo de atenção, agora fazendo um ano e certamente também no futuro”, comentou.