A Polícia Federal autuou em flagrante um comerciante de 20 anos, portando notas falsas, no bairro do Bongi, Zona Oeste do Recife. A prisão aconteceu no último sábado (21), depois que informações foram repassadas pela central de videomonitoramento dos Correios para a polícia, dando conta de que havia um objeto postal suspeito, cujo destinatário iria retirar na agência. Segundo a PF, esta é a maior apreensão de notas falsas de 2020 em Pernambuco. No dia 20 deste mês, em outra operação em conjunto com os Correios, a PF e a Receita Federal apreenderam 3 mil comprimidos de ecstasy escondidos em potes de creme para cabelo que haviam sido enviados do Paraná para o Recife.
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Ainda de acordo com a Polícia Federal, o homem possui antecedentes criminais. Em janeiro deste ano, ele havia sido preso em virtude da Lei Maria da Penha, e ainda está respondendo ao processo.
A ação do último sábado (21), das notas falsas, teve seu desfecho quando os agentes policiais foram até os Correios, no Bongi, com o objetivo de aguardar, abordar e examinar a veracidade das informações a respeito do caso.
Ainda de acordo com a PF, o comerciante chegou na estatal, assinou o documento de retirada do objeto e, quando ia saindo do local, foi imediatamente abordado pelos federais, que lhe pediram para abrir a caixa que havia retirado. Quando ele abriu, os policiais encontraram 95 cédulas falsas de R$ 100 e dez notas de R$ 50, o que totaliza o valor de R$ 10 mil. Após a descoberta, o suspeito recebeu voz de prisão em flagrante.
Em seguida, o homem foi encaminhado para a sede da Polícia Federal, no Cais do Apolo, no bairro do Recife, para os procedimentos de polícia judiciária, onde acabou sendo autuado em flagrante por possuir notas falsas, como está previsto no Código Penal. Se for condenado, ele poderá pegar uma pena que varia de 3 a 12 anos de reclusão, além de multa.
Segundo a Polícia Federal, o preso já passou por audiência de custódia e foi liberado no dia seguinte, devendo responder ao processo em liberdade. Durante o interrogatório, o preso revelou que trabalha com um comércio vendendo sorvete e bebidas, e que foi buscar a correspondência porque o endereço é falso, mas o nome do destinatário era seu.
Ele disse também que iria receber a quantia de R$ 500 reais quando entregasse as notas ao verdadeiro proprietário, porém, não deu detalhes de quem seria tal pessoa. A encomenda foi postada numa agência dos Correios em São Paulo, no dia 17 de novembro de 2020, e tinha como endereço falso um local no bairro de Campo Grande, Zona Norte do Recife.
Geralmente pessoas que lidam diariamente com dinheiro, como os caixas de banco e comerciantes, sabem facilmente identificar uma nota falsa. Essa experiência em manusear diariamente o dinheiro verdadeiro faz com que eles se tornem especialistas em identificar notas falsas.
Geralmente essas notas são passadas em locais de grande concentração de pessoas, feiras, lojas, supermercados, comércio ambulante, e muitas vezes a pressa do comerciante para atender um maior número de clientes faz com que ele não tome o devido cuidado em verificar a nota que está recebendo.
Ao receber duas notas de igual valor, verifique se as numerações não são iguais. Os falsários não costumam fazer notas falsas com numeração diferente, porque isso acarreta em custos com impressão por ter que mudar a matriz da impressão.
Outra cautela que pode ser tomada é reparar na textura do papel das notas que estão sendo recebidas, as notas falsas tendem a ser lisas, enquanto as notas verdadeiras são ásperas e possuem um alto relevo e saliência nos itens de segurança que pode ser percebido pelo tato. Sinta com os dedos o papel e a impressão.
Nas cédulas legítimas, as tonalidades de cores são firmes – as notas falsas têm cores com pouca nitidez e costuma haver borramento das cores.
O aplicativo que foi desenvolvido pelo Banco Central não analisa a autenticidade da cédula, apenas ajuda a identificar, conhecer e onde se encontram os itens de segurança tais como: fio de segurança, quebra-cabeça, microimpressões, marca d’agua, número escondido e que muda de cor, alto relevo, elementos fluorescentes.
A Polícia Federal orienta a população também a verificar a marca d'água, colocando o dinheiro contra a luz. No caso de dúvida, a PF sugere ainda a comparação da nota suspeita com uma verdadeira.