Mãe do menino Carlinhos, a fisioterapeuta Cláudia Boudoux se reuniu com o cônsul da Argentina no Recife nesta segunda-feira (25) para resolver questões burocráticas sobre a volta do garoto, de 13 anos, ao Brasil. Carlinhos Attias Boudoux foi levado pelo pai, o argentino Carlos Attias, para o País após o Natal de 2015, quando tinha oito anos, sem autorização da mãe. Desde então, a família tem travado uma batalha judicial pela guarda do menino.
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"Me reuni com o cônsul para ver questões burocráticas e documentação. A previsão é viajar (para a Argentina) no dia 31, mas ainda não tem nada confirmado", disse a fisioterapeuta. Carlinhos se apresentou semana passada em uma delegacia argentina, alegando que estava perdido. Ele havia sumido desde fevereiro de 2019, quando a Justiça determinou que o pai entregasse o filho à mãe. A família de Cláudia acusa Carlos de ter escondido o menino desde então. O argentino foi preso em janeiro de 2020.
Em entrevista à Rádio Jornal, o pai negou ter visto o filho desde o suposto sumiço, há quase dois anos. Em prisão domiciliar, ele falou sobre o caso. “Fora da minha residência há câmeras instaladas pela Polícia Federal que registram quem entra e quem sai da minha casa. Meus telefones estão grampeados há mais de um ano. Tenho um dispositivo de rastreio por satélite na minha perna e não há nenhuma possibilidade de eu ter tido contato com meu filho”, argumentou.
Uma campanha foi criada na internet para arrecadar fundos para a viagem até a Argentina. À Rádio Jornal, Cláudia explicou que a campanha partiu de amigos e conhecidos. "Eu sou uma mãe, que sustento, que dou o sustento 100% das minhas filhas, que inclusive, irmãs de Carlinhos e filhas da pessoa quem está falando, de Carlos, que eu nunca tive ajuda, nem pensão, nem ajuda de nenhum lado. (...) Então, eu agora, a única coisa que eu quero é estar tranquila com minha família, minhas filhas e meu filho e poder dar a meu filho o que ele precisa e isso eu vou conseguir como eu fiz com minhas duas filhas, com o meu trabalho", disse.