Com informações da TV Jornal
A praia de Boa Viagem, Zona Sul do Recife amanheceu vazia neste domingo (31). Seja pelo primeiro final de semana de novas restrições na capital pernambucana ou pelo clima chuvoso, o que se viu foi um cenário deserto na faixa de areia, diferente do último domingo (23), quando houve registro de aglomerações.
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A reportagem da TV Jornal avistou poucas pessoas andando de bicicleta pela ciclovia na Avenida Boa Viagem, o que é permitido de acordo com o novo decreto estadual. Outras praticavam atividades físicas no calçadão, conduta proibida nos finais de semana.
Equipes da Polícia Militar e da Guara Municipal do Recife faziam a vigilância em vários trechos do calçadão, mas os agentes não faziam abordagem das pessoas que circulavam por lá. Também não havia nenhum tipo de bloqueio para limitar o acesso ao local.
Na semana passada, o governo anunciou que as restrições que valiam no estado - com exceção de 53 municípios da Região Agreste - seriam prorrogadas novamente até o dia 6 de junho. Nesta terça-feira (25), foi publicado um novo decreto com medidas ainda mais restritivas, com o mesmo prazo, podendo ser estendido caso os números da pandemia não regridam.
Na macrorregião 1, que abrange a Região Metropolitana do Recife (RMR) e cidades da Zona da Mata - apenas as chamadas "atividades permitidas" poderão funcionar nos sábados e domingos. Entre os estabelecimentos permitidos estão as padarias, supermercados, postos de gasolina e farmácias.
Nas praias, nos dias úteis continua permitido o banho de mar, prática de atividades físicas e uso de barracas. O comércio de praia também segue podendo funcionar das 10h às 20h. O som é proibido em todos os dias da semana.
Nos finais de semana e feriados, porém, o acesso ao calçadão não é permitido. Ainda assim, a população pode praticar atividades físicas individuais e tomar banho de mar, desde que não provoque aglomerações. As ciclovias fixas poderão ser utilizadas normalmente.
Igrejas
Ainda que os templos religiosos tenham sido classificados como essenciais durante a pandemia da covid-19, com as novas restrições na RMR e na Zona da Mata, eles não estão permitidos de funcionar nos sábados e domingos. Nos finais de semana, os templos só podem funcionar para realização de atividades administrativas, serviços sociais. As celebrações religiosas só podem ocorrer de forma virtual, e sem público.
A reportagem da TV Jornal passou por igrejas protestantes na área central do Recife, e encontrou todas elas de portões fechados, como o Templo Central da Assembleia de Deus, e a Igreja Internacional da Graça de Deus, na Avenida Cruz Cabugá, bairro de Santo Amaro. A Igreja Matriz de Paulista, localizada no centro do município, também estava fechada.
O serviço das igrejas passou a ser considerado essencial em situações de calamidade pública, como a pandemia da covid-19, por meio de uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) no final de abril deste ano, de autoria de Cleiton Collins.
Ao longo da sua tramitação na Casa, porém, o texto foi modificado para permitir que o Governo de Pernambuco restrinja eventos presenciais nas instituições religiosas no caso de circunstâncias excepcionais, por meio de decreto estadual.
O governo até criou um novo termo para indicar quais atividades poderiam funcionar em meio às restrições - "permitidas" - pois o fato das igrejas serem consideradas essenciais não implica que ficarão de fora das proibições.