Um homem de 58 anos foi preso, nesta terça-feira (20), na cidade de Primavera, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, suspeito de estupro contra menor de idade e violência doméstica. O suspeito, que é diácono em uma igreja evangélica no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR), estaria escondido na casa de parentes. Até o momento, a Polícia Civil (PCPE) tem informações de seis vítimas, todas meninas entre 3 e 12 anos.
A movimentação foi intensa ao redor da Delegacia de Atendimento à Mulher do Cabo. Além das mães das vítimas, vários vizinhos estiveram no local. A saída do preso da unidade foi marcada pela revolta dos populares e gritos pedindo por "justiça".
Uma das vítimas seria neta do homem e chegou a engravidar após os abusos. A família só descobriu a gestação depois que a adolescente passou mal e precisou ser socorrida. Só então, relatou a violência sofrida. A menina foi submetida a exames no Instituto de Medicina Legal (IML) e a justiça autorizou que fosse realizado um procedimento abortivo. A adolescente já recebeu alta e encontra-se na casa da avó paterna.
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''A minha filha está muito assustada e com vergonha de sair na rua com as coleguinhas. Só sai de casa em um carro. Não quer nem aparecer na rua. Ela está triste e ficando nos cantos. Isso me dói. Quando ela dorme, fica chorando. Está me doendo muito'', afirmou a mãe da vítima durante a entrevista à TV Jornal.
Segundo a filha do suspeito, ele ameaçava a neta de morte. ''Ele dizia que iria matar ela, a mãe e o pai. Com medo, ela não me disse. Quando vi a barriga dela, ela chorando, se abraçou comigo e disse: foi meu avô que mexeu comigo. Eu queria dizer a senhora e a minha tia, mas estava com medo. Ela fica dizendo como vai estudar, pois todo mundo vai saber o que me avô fez'', completou.
A ex-namorada do diácono também denunciou que as duas filhas dela, de 3 e 10 anos, foram vítimas dos abusos. A mulher relatou que o autônomo não levantava suspeitas.
Uma ex-enteada do homem, que tem 2 filhas, de 5 e 6 anos, relatou que durante o tempo que conviveu com o suspeito, nunca chegou a desconfiar da violência. "Ele sempre que via uma reportagem de casos assim se mostrava revoltado. Não achei que ele seria capaz de fazer isso com as crianças. Quero que ele pague", disse.