A tradicional Caldeirada de Itapissuma deve voltar a funcionar em 15 dias. A previsão foi apresentada por autoridades em coletiva realizada pelo Governo do Estado, na sede da Empetur, nesta quarta-feira (20), na qual apresentaram um laudo técnico acerca da estrutura do Mercado de Artesanato de Itapissuma e entorno.
A Caldeirada estava fechada desde a última quinta-feira (14), um dia depois que um incêndio de grandes proporções destruiu o Mercado de Artesanato que ficava ao lado da caldeirada.
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O laudo técnico foi solicitado pela CEHAB – Companhia Estadual de Habitação e Obras realizando a inspeção predial da estrutura do Centro de Artesanato de Itapissuma e dos restaurantes da Caldeirada, situados ao lado do prédio.
Os boxes onde o alimento é vendido não foram afetados pelo fogo, porém, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros interditaram a área por conta do risco de desabamento de um muro do mercado, que ficou comprometido após o incêndio.
Na coletiva desta tarde foi apresentado o diagnóstico visual sobre o estado das paredes de contorno do prédio, fornecendo subsídios referentes a estabilidade do prédio e do Centro Gastronômico para a segurança dos proprietários, funcionários e usuários dos restaurantes.
Na ocasião, foi explicado que a parede, com cerca de quatro metros, será derrubada e a cobertura do mercado será recolhida para que a Caldeirada possa funcionar sem risco
Participaram da coletiva o secretário de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes; o presidente da Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), Bruno Lisboa; o prefeito do município, Zé de Irmã Teca e o secretário de Turismo de Itapissuma, Ricardo Oliveira.
O laudo foi anunciado para apresentar os efeitos do incêndio e pensar nas consequências, pois as causas da tragédia estão a cargo do Instituto de Criminalística que ainda analisa o caso.
A demolição do muro já está prevista para esta quinta-feira (21). Sobre o mercado, será elaborado um projeto para a reconstrução. Na última semana, a gestão municipal de Itapissuma já havia informado que um auxílio será prestado aos artesãos e comerciantes que vieram a ter prejuízos em decorrência do incêndio.
Laudo
O laudo técnico aponta que, durante a vistoria no mercado, foram observadas "manifestações patológicas e danos estruturais", sem a realização de ensaios necessários, apenas as manifestações visuais apresentadas após o incêndio:
- Desabamento total da coberta (estrutura metálica e telhas);
- Desprendimento de grande parte do revestimento das paredes internas;
- Fissuras nas quatro extremidades;
- Instalações elétricas completamente danificadas;
- Laje de acesso aos restaurantes apresentando os blocos cerâmicos danificados;
- Viga de suporte da laje de acesso aos restaurantes apresentando rachaduras e armaduras expostas;
- Berços de concreto nas cabeças dos pilares apresentando desplacamento de concreto, armaduras expostas e apresentando sinais de corrosão;
- As calhas apresentam em suas extremidades danos estruturais;
- O portão de acesso principal perdeu a sustentação com as paredes.
No caso dos restaurantes, os técnicos não tiveram acesso a parte interior dos boxes, vistoriando apenas a laje de coberta e as fachadas dos mesmos. Em ambos os casos, não foram apresentados danos ocasionadas pelo incêndio. Para a liberação do funcionamento dos restaurantes, os técnicos recomendaram os seguintes procedimentos:
- Criar um plano de demolição da coberta;
- Retirada de toda a coberta do Centro de Artesanato por uma empresa especializada;
- Demolir parcialmente uma faixa de parede, em torno de 3,0m de comprimento e aproximadamente 1,0m de altura, na parede dos fundos com o flanco esquerdo.