CRIANÇA

Polícia Civil de Pernambuco investiga morte de bebê de dois meses

Bebê deu entrada na UPA de Engenho Velho, em Jaboatão dos Guararapes, na tarde deste domingo (7) já sem vida

Cadastrado por

Edilson Vieira

Publicado em 07/11/2021 às 17:32 | Atualizado em 08/11/2021 às 15:40
Upa Engenho Velho, em Jaboatão dos Guararapes - Google Street View

Atualizada às 11h58 de 8/11.

O Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), da Polícia Civil de Pernambuco, está investigando a morte de um bebê de dois meses de idade que deu entrada na tarde deste domingo (7) na UPA de Engenho Velho, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife.

Segundo o delegado Gilderley Alves, responsável pelo registro da ocorrência, o bebê teria sido levado a emergência pela mãe, uma irmã dela e um homem que seria namorado da irmã. Lá, a equipe médica que atendeu a ocorrência teria constatado que o bebê já estava sem vida.

Antes disso, o bebê foi encontrado desacordado e com um sangramento no nariz por volta das 7h pela irmã, uma adolescente de 14 anos. Familiares e vizinhos ainda tentaram reanimá-lo antes de levarem a criança para a UPA. 

"A mãe relatou que estava dormindo e, ao acordar, já teria encontrado o filho sem respirar em uma cama em outro cômodo da casa". O delegado disse ainda que se trata de um caso de "morte por esclarecer", e que vai aguardar os resultados da perícia feita pelo Instituto Médico Legal (IML) para anexar ao inquérito.

"A médica que atendeu a ocorrência na UPA não teve como precisar a causa da morte. O IML tem até 30 dias para divulgar o resultado da perícia", disse o delegado.

Segundo a família do menino, os médidos da UPA acionaram a polícia por volta das 10h e disseram aos policiais que o corpo da criança apresentava fraturas nos braços e alguns hematomas. O pai, um auxiliar de carga e descarga, de 40 anos, disse que estava trabalhando quando tudo aconteceu.

Segundo ele, a esposa e a filha de 14 anos foram levadas para o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Para ele, a acusação de agressão física não procede, além disso, ele denuncia a forma como a filha adolescente foi interrogada.

"Eles [a polícia] não deixaram nem eu nem a mãe dela entrar. A menina entrou na sala só, botaram pressão na menina, disseram que ela tinha matado o menino", disse o pai. 

O pai não acredita que a criança tenha sido agredida - BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
O pai não acredita que a criança tenha sido agredida - BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM

Segundo uma vizinha que não quis se identificar, peritos do Instituto de Criminalística (IC) estiveram no local no fim da tarde do domingo e fizeram uma perícia no apartamento da família, em Muribeca. 

No Instituto de Medicina Legal (IML), a causa da morte da criança foi registrada como asfixia por broncoaspiração, provavelmente provocada por engasgo dormindo. Segundo a família, o bebê nasceu prematuro de 5 meses e sofria de refluxo. 

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