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Saúde e Bem-estar

Por Cinthya Leite e equipe
HEPATITE

Hepatite misteriosa: Pernambuco registra segundo caso suspeito

Novo registro é de um adolescente do sexo masculino, de 14 anos, segundo a Secretaria Estadual de Saúde

Cadastrado por

Filipe Farias

Publicado em 10/05/2022 às 20:18 | Atualizado em 12/05/2022 às 19:11
A seleção dos profissionais seguirá etapas que consistem em avaliação curricular e técnica - FREEPIK/BANCO DE IMAGENS

Pernambuco registrou, nesta terça-feira (10), o segundo caso suspeito de hepatite aguda grave de origem desconhecida. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), inclusive, já notificou o Ministério da Saúde. O novo registro é de um adolescente do sexo masculino, de 14 anos, que reside no município de Salgueiro, no Sertão do Estado.

 

De acordo com Estado, o paciente deu entrada no Hospital Getúlio Vargas, no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, no sábado (7), com quadro de febre e artralgia, após ter sido atendido inicialmente no Hospital Regional Inácio de Sá, em Salgueiro.

A Secretaria de Saúde informou que os primeiros exames coletados detectaram aumento nas transaminases, que são enzimas intracelulares que atuam catalisando diversas reações, principalmente no fígado, e um dos critérios elencados pelo órgão federal para definição de caso suspeito.

O adolescente de 14 anos segue internado em enfermaria da unidade, evoluindo bem ao tratamento e sendo acompanhado pela equipe multiprofissional do serviço.

OUTRO CASO NO ESTADO

Na segunda-feira (9), o Ministério da Saúde já havia confirmado o primeiro caso suspeito em Pernambuco: uma criança de um ano, do sexo masculino, residente no município de Toritama.

No último dia 25 de março, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) já emitiu alerta a toda a rede de saúde do Estado (unidades públicas e privadas), para "ficar atenta a crianças e adolescentes com sintomas sugestivos da doença". Na noite da terça-feira (26), um dia após a divulgação do primeiro alerta, a SES soltou uma atualização do documento, a fim de compartilhar, com profissionais de saúde, diretrizes de identificação precoce de casos suspeitos, estabelecer medidas controle e prevenção.

confirmação da doença, cuja origem ainda é desconhecida, em mais de 20 países. Esse tipo específico da hepatite infantil, em 10% dos doentes, pode exigir transplante de fígado e até matar.

No Brasil

Em São Paulo, os registros foram na capital paulista e nos municípios de São José dos Campos e Fernandópolis. Todos são crianças, dois estão internados, e os demais "evoluem bem", de acordo com o órgão estadual.

O Rio de Janeiro, segundo Estado com mais ocorrências, investiga nesta segunda-feira seis pacientes suspeitos que variam dos dois meses aos oito anos de idade. A contagem do órgão estadual considera um paciente a mais do que a do Ministério da Saúde. A maior concentração dos casos está na capital (três casos), enquanto os outros foram registrados em Araruama, Niterói e Maricá, onde um bebê de oito meses morreu e segue em análise das autoridades, que ainda tentam estabelecer a causa do óbito.

"Estamos acompanhando a evolução da doença no mundo e monitorando junto às vigilâncias municipais os registros de casos suspeitos no estado. O alerta é justamente para que esses pacientes possam ser acompanhados e monitorados de forma correta", afirmou o Alexandre Chieppe, secretário estadual de Saúde, que também pediu atenção de pais e responsáveis aos sintomas. "Se houver qualquer suspeita, elas devem ser imediatamente levadas a um serviço de saúde para que possam ser diagnosticadas e tratadas."

No Paraná, três casos suspeitos da doença foram acompanhados nos últimos dias pelas autoridades de saúde e vigilância sanitária, sendo que um deles já foi descartado. Os outros dois pacientes são meninos entre 8 e 12 anos, e seguem em observação.

A Secretaria da Saúde do Paraná, afirmou, em nota que tem "organizado o fluxo de vigilância e o apoio laboratorial", assim como "capacitado os serviços de saúde sobre a doença". A pasta também emitiu nota técnica sobre os sintomas e orientou a rede de vigilância epidemiológica.

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