Subiu para 121 o número de mortes em decorrência das chuvas em Pernambuco desde 25 de maio. Nesta quarta-feira (1º), o Corpo de Bombeiros localizou mais cinco vítimas dos temporais.
Três pessoas foram encontradas na Vila dos Milagres, no Recife, duas em Jaboatão dos Guararapes (uma no Curado IV e outra que havia sido levada pela enxurrada) e uma na cidade de Limoeiro, no Agreste. Uma das vítimas encontradas nesta quarta na Vila dos Milagres é uma criança.
Além disso, após investigação social, o Instituto de Medicina Legal constatou que mais nove corpos que deram entrada no serviço, vindos de unidades de saúde, também eram de pessoas que morreram em consequência dos temporais registrados desde o dia 25 de maio.
As buscas por desaparecidos em deslizamentos continuam no Curado IV e na comunidade do Areeiro, em Camaragibe. Uma pessoa levada pela enxurrada em Paratibe, Paulista, permanece sendo procurada por mergulhadores do Corpo de Bombeiros e da Marinha do Brasil. Já o número de desabrigados subiu para 7.312 pessoas, que estão em 66 abrigos distribuídos em 27 municípios.
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As forças de segurança pública e defesa social de Pernambuco, reunidas no Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR), trabalham em seis áreas de busca e resgate de desaparecidos, sendo cinco na Região Metropolitana do Recife e outra em Limoeiro, no Agreste do Estado.
Atuam 403 profissionais do Corpo de Bombeiros de Pernambuco e de outros estados, Forças Armadas, operativas da SDS, Defesa Civil e órgãos municipais na Vila dos Milagres (Recife), Areeiro (Camaragibe), Curado IV (Jaboatão dos Guararapes) e em Limoeiro. Além desses locais, há atuação ainda em Jaboatão Centro e Paratibe (Paulista), onde duas pessoas teriam sido levadas pelas enxurradas.
Nomes, idades e localização dos mortos não estão sendo divulgados pelo Governo do Estado, mesmo a pedido da imprensa. Esta tragédia superou em número de mortes as cheias de 1975 no Recife, que vitimou 104 pessoas, se tornando a maior tragédia do estado no século 21.
ENCHENTE DE 1966
No dia 30 de maio de 1966, Recife sofreu o seu maior golpe de tragédia natural da história. A enchente do Rio Capibaribe gerou o caos total na capital pernambucana, provocando 175 mortes. O nível do Rio Capibaribe subiu 9,20 metros além do normal.
Segundo os registros históricos, com a água chegando a mais de 2 metros de altura nas áreas mais baixas da capital, em algumas horas toda a extensão da Avenida Caxangá virou um num grande rio.
O interior também sofreu. Estima-se que mais de 10 mil casas (a maioria casebres, na época chamados de mocambos) foram destruídas e outras 30 mil sofreram danos.