Duas pessoas morreram na tarde desse sábado (18) após uma embarcação virar no município de Capitólio, em Minas Gerais. Esta foi a segunda tragédia no local somente em 2022; em janeiro, dez pessoas morreram e mais 30 ficaram feridas após rochas deslizarem de um cânion e atingirem quatro lanchas. As informações são da Veja.
O acidente desse sábado aconteceu na região de Cachoeirinha, no Lago de Furnas, após uma lancha com 14 passageiros apresentar problemas mecânicos. Um outro barco, que tinha 10 pessoas, ajudou no resgate.
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A Associação Pública dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande (Ameg) publicou que o barco virou por não aguentar o peso dos passageiros. “Uma chalana com outros dez passageiros foi ao encontro da lancha à deriva e, no momento do transbordo dos passageiros, a chalana não suportou o peso e virou”, informou.
As vítimas foram um homem de Guarulhos, em São Paulo, e uma mulher de Paranaguaçu, de Minas Gerais, que morreram afogados ao não conseguirem sair de debaixo do barco. Marinheiros tentaram reanimá-los, sem sucesso.
A Ameg afirmou que imediatamente após ciência do acidente, o prefeito de Capitólio, Cristiano Silva (PP), juntamente com integrantes da Secretaria Municipal de Saúde do Município se deslocaram para o local da ocorrência, onde prestaram auxílio às vítimas e acompanharam o trabalho do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU).
O prefeito de Capitólio lamentou o ocorrido: “Nosso respeito às famílias enlutadas neste acidente. Temos trabalhado constantemente para aumentar a segurança na região. Todas as embarcações são obrigadas a fornecer coletes salva-vidas em número suficiente para todos os passageiros e tripulação”, disse.
As vítimas da última tragédia em Capitólio
Pedras de um cânion se soltaram e atingiram três lanchas no Lago de Furnas, em Capitólio, em Minas Gerais, em 8 de janeiro de 2022. Ao todo, dez pessoas morreram; cinco eram de um mesmo núcleo familiar.
Outras duas vítimas eram mãe e filha; ambas com os namorados. Além deles, morreu o marinheiro. Todos estavam na lancha chamada Jesus, que foi diretamente atingida pelo deslocamento de pedras. Segundo familiares e marinheiros, a embarcação havia alterado a rotina, indo diretamente para o cânion, em vez de fazer uma parada turística comum, a pedido dos viajantes.
As vítimas do desabamento em Capitólio
Entre os cinco mortos da mesma família, o policial militar reformado Sebastião Teixeira, de 68 anos, era casado com Marlene Teixeira, 57. Eles eram pais de Geovany Teixeira da Silva, de 41, e avós de Geovany Gabriel Teixeira da Silva, de 14. Além deles, Thiago Teixeira, de 30, era sobrinho do casal. Outras duas vítimas, Carmen Pinheiro da Silva, de 41, e Camila da Silva Machado, de 21, eram mãe e filha. Carmen era namorada de Geovany, filho de Sebastião e Marlene. Camila também embarcou na lancha com o namorado: Maycon Douglas Deosti, de 25. Júlio Antunes, 68, era amigo da família. Também morreu no acidente o marinheiro Rodrigo Alves dos Anjos, de 40.