Com colaboração de Beatriz Albuquerque, da TV Jornal
Pelo menos quatro cachorros foram esfaqueados em menos de uma semana na integração de ônibus e metrô de Jaboatão Dos Guararapes, no Grande Recife. Um dos cães não resistiu aos ferimentos e morreu nessa segunda-feira (5).
Organizações não governamentais que trabalham com animais receberam a denúncia. Ao chegarem lá, constataram a violência.
Populares tentaram fazer os primeiros socorros de uma cadelinha chamada Dora, mas ela não resistiu aos ferimentos e morreu na entrada da estação do Metrô do Recife.
Os outros três, chamados de Nina, Paçoca e Tufão, ficaram bastante machucados, mas foram resgatados com vida.
A estação é repleta de animais de rua, que são alimentados e cuidados por frequentadores e moradores da região.
A comerciante Ana Cristina é uma delas. Em 25 anos de proteção aos cachorros da região, contou ser a primeira vez que presenciou uma violência do tipo.
“Estão maltratando os animais e ninguém sabe quem está fazendo isso. Tem que descobrir para parar com a matança, que nunca houve aqui”, afirmou ela.
A cabeleireira Márcia Helena cobra providências. “Aqui tem câmeras, queremos tentar pegar as filmagens para tentar, através da polícia e da justiça, descobrir quem foram os criminosos que fizeram isso”, disse.
Nesta terça-feira (6), representantes de ONGs e advogados que trabalham em defesa ao direitos dos animais procuraram a Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência e pedir que as autoridades investiguem o caso.
Por nota, a PCPE informou que tomou conhecimento dos fatos citados, e, por meio da Delegacia de Jaboatão dos Guararapes, iniciou as diligências para apurar o ocorrido. "Mais informações serão repassadas posteriormente", disse a corporação.
Prática é crime
Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos é crime previsto na Lei 14.064/2020, chamada "Lei Sansão".
A pena de é prisão de de três meses a um ano e multa. Quando se trata de cão ou gato, o autor pode ser condenado a reclusão de 2 a 5 anos, multa e proibição da guarda. Se o animal violentado morrer, aumenta de um sexto a um terço.