A quantidade de óleo recolhido das praias de Pernambuco subiu para 7 toneladas, segundo boletim da Agência Estadual de Meio Ambiente – CPRH dessa quinta-feira (6).
Os especialistas afirmam também que a chegada dos fragmentos de óleo às praias tem diminuído.
O material em forma de pelotas escuras voltaram a aparecer nas praias desde o último final de semana. Segundo a CPRH, houve uma reunião virtual com as prefeituras do litoral pernambucano para alinhar ações a serem realizadas por cada gestor municipal na coleta dos fragmentos.
"A CPRH está monitorando as atividades desenvolvidas pelos municípios que, diariamente, enviam equipes de fiscalização a campo para verificar possíveis novas ocorrências", informou o órgão ambiental em nota.
Até o momento, não há restrição ao banho de mar nas praias do estado. A orientação é que, caso um banhista identifique um fragmento de óleo, evite a inalação e o toque no material, e encaminhe a informação para o telefone da emergência ambiental da CPRH (81) 99488-4453.
Em agosto de 2019, manchas de um material denso e escuro começaram a surgir nas praias do Nordeste. A substância, identificada com petróleo, provocou danos irreversíveis na vida marinha local.
De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o petróleo foi visto em 11 estados (9 do Nordeste e dois no Sudeste, Espírito Santo e Rio de Janeiro), 130 municípios e 1009 localidades diferentes.
Só em Pernambuco, 1,5 mil toneladas foram retiradas por voluntários, equipes das prefeituras, moradores de áreas litorâneas, pesquisadores e comerciantes que dependem do turismo e da pesca.
Em dezembro de 2021, a Polícia Federal (PF) identificou que o responsável pelo descarte do material na mar foi um navio petroleiro grego. Na época, a PF disse que a empresa responsável pela embarcação bem como o comandante e o chefe de máquinas do navio, foram indiciados pelos crimes de poluição, descumprimento de obrigação ambiental e dano a unidades de conservação.
No entanto, até hoje os responsáveis pelo crime seguem impunes, enquanto a CPI do Óleo, aberta à época na Câmara dos Deputados, foi encerrada em abril de 2021 sem apresentar um relatório final.