A Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac) emitiu, no início da manhã desta quarta-feira (29), um aviso meteorológico de "estado de observação".
Isso porque a previsão do tempo da agência indicou que haverá pancadas de chuvas de intensidades moderadas na Região Metropolitana do Recife, na Mata Sul e na Mata Norte do Estado.
Por isso, pediu para que a população dessas regiões acompanhe as atualizações de previsão diariamente no site da Apac, pois a atmosfera se modifica constantemente, e seguir as orientações da Defesa Civil.
Previsão para os próximos três meses
Na última sexta-feira (24), o órgão divulgou a previsão climática para os próximos três meses no Estado, de abril a junho de 2023.
Os resultados apontaram, segundo a Agência, que o acumulado de chuva no período será de normal a abaixo da média no extremo oeste do Sertão de São Francisco, normal no sertão pernambucano, e normal a acima da média no Agreste, Zona da Mata e Região Metropolitana do Recife.
Isso trará chuvas intensas ao litoral, causadas, segundo a Apac, por condições de aquecimento na região equatorial do oceano Pacífico - como mostrou a análise da Temperatura da Superfície do Mar (TSM).
"Visto as anomalias de temperatura do Atlântico, o litoral pernambucano está sujeito a eventos intensos de chuva, por isso, ressalta-se a importância do acompanhamento das previsões diárias e dos avisos emitidos pela Apac", informou a agência.
Oficialmente, o inverno só se inicia no dia 20 de junho no Estado, indo até 22 de setembro, mas a previsão de "eventos intensos de chuva" preocupa, já que foi neste mesmo período quando Pernambuco vivenciou a maior tragédia climática do século em 2022, que resultou em 134 mortes.
Para 2023, há maior probabilidade de chuvas acima da média que no último ano, mas menor probabilidade de eventos extremos, segundo o meteorologista Thiago do Vale.
"A climatologia, que é o se espera que ocorra, é que o volume de chuva já comece a aumentar a partir de abril para a RMR e Zona da Mata. Já as condições globais, do oceano e da atmosfera, mostram que, nesse ano, temos mais probabilidade de ter chuvas acima da média", disse.
"Porém, ano passado tivemos anomalias muito extremas de La Niña no Oceano Pacífico e aquecimento no Atlântico. Então as probabilidades de eventos intensos existem, mas são menores", concluiu o especialista.
O prognostico foi um consenso na Reunião de Análise e Previsão Climática para Nordeste do Brasil, coordenada pela Apac, realizada por meio de videoconferência, em 23 de março de 2023, com participação dos Centros Estaduais de Meteorologia do Nordeste e do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).