Sob forte comoção, mãe e filhos que morreram abraçados no desabamento do Conjunto Beira-mar são sepultados

Eles foram as últimas vítimas a serem resgatadas no desabamento do bloco D-7, que ocorreu na última sexta-feira (7)
JC
Publicado em 09/07/2023 às 18:49
Sepultamento de Marcela Neves dos Santos e dos seus dois filhos, vítimas do desabamento de um prédio no Conjunto Beira-Mar Foto: Bruno Campos / JC Imagem


Amigos e familiares participaram emocionados do velório de  Marcela Neves dos Santos, de 42 anos, e dos seus filhos, Walace, de 10 anos, e Maria Flor, de seis anos. Eles foram sepultados na tarde deste domingo (9), no cemitério municipal do Paulista. 

 A mãe e os dois filhos foram encontrados  abraçados numa cama de casal, já sem vida, em meio aos escombros. Foram as últimas vítimas a serem resgatadas no desabamento, ocorrido na manhã da última sexta-feira (7), por volta das 6h07.

As equipes do Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco trabalharam durante 35 horas ininterruptas de resgate, tendo finalizado a operação de buscas nesse sábado (7), às 18h. O desabamento do bloco D-7 provocou a morte de 14 pessoas, deixando outras três feridas. Quatro moradores foram localizado com vida fora da edificação e quatro animais também foram resgatados com vida. 

Em entrevista a TV Jornal,  Igor Lucas Moura dos Santos, de 26 anos, filho mais filho de Marcela dos Santos, disse que não morava no local, mas sempre visitava a mãe e os irmãos. Ele contou que a mãe foi uma das primeiras pessoas a ocupar o edifício, residindo no local há oito anos. Ela trabalhava como faxineira autônoma. 

 

Ainda segundo informações da TV Jornal, assim que soube da tragédia, Igor resolveu ajudar, retirando os entulhos do desabamento, na esperança de encontrar seus familiares com vida.

A outra filha de Marcela, Evelyn Tainá Neves, de 15 anos, foi resgatada com vida. Ela está no Hospital da Restauração (HR), no Recife, onde passou por cirurgia na perna e o estado de saúde é estável.

Segundo a Defesa Civil de Paulista, dos 29 blocos do Conjunto Beira-Mar, que contabiliza 1.711 apartamentos, 9 estão interditados. Após a tragédia, a prefeitura informou que interditou mais 6 blocos. O prédio que desabou estava interditado por ordem judicial desde 2010 e foi reocupado de forma irregular por pessoas que não tinham onde morar em 2012.

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