O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), indicou que as reformas estruturantes e as discussões sobre o teto de gasto ficaram em segundo plano com o avanço da crise. "Reformas são importantes no médio e longo prazos, no curto são as vidas da pessoa", disse.
>> Davi Alcolumbre é diagnosticado com novo coronavírus
>> Bolsonaro minimiza participação em ato e alfineta reação de políticos ao coronavírus
>> Eduardo Bolsonaro culpa a China por pandemia do coronavírus
Segundo ele, os debates sobre a reforma tributária devem ser mantidos mesmo que por videoconferência. Já a PEC do teto de gastos e a reforma administrativa, ainda a ser enviada pelo governo, devem ficar para depois que a crise do coronavírus passar.
Ele disse que não é o momento de se pensar em equilíbrio da economia e redução dos gastos. "Fixação em meta fiscal com o tsunami que teremos é não ter a cabeça no lugar", afirmou. "Não podemos correr o risco de menosprezar a crise", disse.
Sobre os projetos do governo, ele disse que é importante se detalhar as medidas para proteger os mais vulneráveis. Maia comentou ainda sobre os projetos que estão sendo apresentados pelos parlamentares e disse que os textos serão avaliados. "Tem muita proposta aparecendo, mas não queremos interferir no comando do Executivo", disse.
O deputado voltou a cobrar medidas mais rígidas em relação às fronteiras aéreas do País e diz que até agora nada foi feito para o controle das pessoas que chegam do exterior.
Ainda sobre o relacionamento entre os poderes, Maia afirmou que "é irrelevante se eu sou amigo ou não do presidente (Bolsonaro). Relevante é cumprir nossa função", afirmou.