Mandetta quer igrejas abertas, mas não recomenda fim do isolamento como pediu Bolsonaro

O presidente da República defende o isolamento apenas para os grupos de risco
JC
Publicado em 27/03/2020 às 16:36
''Aqui eu falei dos meios de comunicação outro dia, ficaram bravos comigo, puxaram minha orelha lá na Globo, porque eu fiz um comentário sobre a cobertura, e eu peço desculpas'', falou Foto: JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL


O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), se reuniu pela primeira vez com gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentar sobre o isolamento por conta do novo coronavírus. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, durante a reunião, Mandetta disse que quer as igrejas abertas, como determinou Bolsonaro, porque não se pode proibir que as pessoas busquem conforto, mas não recomendou o fim do isolamento. O tom adotado pelo ministro gerou 'alívio' aos secretários que participaram porque o discurso do presidente não foi endossado.

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Durante a reunião, Mandetta não comentou sobre o isolamento vertical (apenas para os grupos de risco) proposto pelo presidente da República durante um discurso realizado em cadeia nacional. O ministro disse ainda que todas as decisões sobre a covid-19 serão feitas por critérios técnicos.

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Em relação ao uso da cloroquina, Mandetta não defendeu, como tem feito o presidente Jair Bolsonaro, que determinou o aumento da produção do medicamento em laboratórios públicos.

Campanha sobre fim do isolamento 

O Governo Federal lançou uma campanha publicitária para que a população volte a trabalhar, e que seja adotado o isolamento vertical (apenas para os grupos de risco). A campanha adotou um discurso de que para determinadas categorias de trabalhadores o isolamento de todos os grupos não pode acontecer porque "o Brasil não pode parar".

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O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Como prevenir o coronavírus?

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.
  • Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

Confira o passo a passo de como lavar as mãos de forma adequada

 

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