Com informações do O Globo
"Surpresa" é a promessa do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), para a próxima nomeação do líder do Ministério da Justiça e Segurança Pública, pasta que foi ocupada por Sergio Moro, até à última sexta-feira (24). Até o momento, o nome mais indicado para preencher a vaga seria o do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira.
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Durante uma conversa com jornalistas, quando chegou ao Palácio da Alvorada, nesta segunda-feira (27), Bolsonaro admitiu que considera André Mendonça, advogado-geral da União, "um bom nome". Além desta informação, o líder do governo informou que, apesar do conhecimento técnico, está buscando "capacidade de dialogar com outros poderes, que tenha boa entrada no Supremo, Tribunal de Contas da União (TCU), no congresso".
Acerca das indicações políticas, Bolsonaro revelou que vai ser necessário levar em conta "o momento". Ele não descarta indicar um político de carreira para ocupar a pasta. "Não é porque a pessoa foi parlamentar por um tempo que carimbou na testa dele que não pode ser aproveitado em outra função", completou.
Quanto a Jorge Oliveira, o presidente reforçou que confia nele, mas que precisa considerar a sua importância no cargo atual. "O Jorge tem muita experiência. Ele acumula com a SAJ (Subchefia para Assuntos Jurídicos). A SAJ é a alma do presidente. Tem muita coisa que eu assino e leio a ementa, apenas. Eu não tenho como ler e interpretar mais de 10 mil leis no Brasil. A confiança é em primeiro lugar", acrescentou, lamentando que gostaria que "houvesse outro Jorge" disponível.
"Eu entendo que o MJ [Ministério da Justiça] é um cargo que dá muita visibilidade. É igual a SAJ. Muita gente que passou pela SAJ virou ministro do Supremo. É igual o MJ, e lá 80% é segurança.
Bolsonaro afirmou ainda que, a princípio, o indicado para a diretoria-geral da Polícia Federal é o mesmo, fazendo referência ao atual chefe da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem.
Sobre a possibilidade de indicar o ex-deputado Alberto Fraga, o presidente ressaltou que é seu amigo, mas que "um dia terá espaço no governo".