Convocação, crítica e desejo de sorte. Como políticos reagiram a André Mendonça no Ministério da Justiça

André Mendonça assumiu o Ministério da Justiça no lugar de Sergio Moro
JC
Publicado em 28/04/2020 às 11:51
André Mendonça foi nomeado ministro da Justiça e Segurança Pública pelo presidente Jair Bolsonaro. Foto: DANIEL ESTEVÃO/AGU


O advogado André Luiz Mendonça utilizou o Twitter, nesta terça-feira (28), para agradecer ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pela nomeação como novo ministro da Justiça. "Agradeço ao presidente por confiar a mim a missão de conduzir as políticas públicas de Justiça e Segurança do nosso país. Meu compromisso é continuar desenvolvendo o trabalho técnico que tem pautado minha vida. Conto com o apoio do povo brasileiro! Que Deus nos abençoe!", escreveu Mendonça.

O ex-ministro da Educação do governo Temer, Mendonça Filho (DEM-PE), elogiou a escolha feita pelo presidente Jair Bolsonaro. Para o pernambucano, André no "Ministério da Justiça é uma boa notícia".

Após a nomeação,  políticos também foras às redes sociais para repercutir o assunto. O deputado federal Marcelo Freixo (PSOl), inclusive, já fala em convocar André Mendonça ao Congresso para falar sobre as acusações do ex-ministro Sergio Moro, de que o presidente quer interferir politicamente na Polícia Federal (PF).

O senador pernambucano Humberto Costa (PT) afirmou que com a nomeação, Jair Bolsonaro "vai se apropriando das instituições, submetendo-as ao seu controle e usando-as como se fossem suas e da família", escreveu.

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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou em seu Twitter que os novos nomes indicados pelo presidente são tecnicamente aptos para os cargos, mas questiona as motivações da mudança no comando da Polícia Federal.

"Por que Bolsonaro atua contra a autonomia da PF? O que teme contra ele, sua família e seus aliados políticos? Ramagem e o novo ministro André Mendonça, atendem o currículo exigido para os cargos, mas importa saber o que suas indicações atendem, pessoalmente, ao presidente. É inadmissível Bolsonaro tentar transformar a PF em uma Polícia Política. Esperamos que a justiça apure suas interferências e motivações e toda e qualquer prova será mais um motivo para que nosso pedido de impeachment seja aceito pelo presidente da Câmara Rodrigo Maia", disse o senador.

Sergio Moro

Na última sexta-feira (24), Sergio Moro, anunciou a demissão após um ano e quatro meses à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O estopim para a saída foi a decisão de Bolsonaro de trocar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, indicado para o posto por Moro.

O ex-ministro explicou que o problema não foi a troca em si, mas o motivo pelo qual Bolsonaro tomou a atitude. Segundo Moro, o presidente quer "colher" informações dentro da PF, como relatórios de inteligência. "O presidente me disse mais de uma vez, expressamente, que ele queria ter uma pessoa do contato pessoal dele, que ele pudesse ligar, que ele pudesse colher informações", declarou Moro em coletiva.

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No mesmo dia, Bolsonaro realizou coletiva para rebater Moro e disse que nunca interferiu em qualquer investigação da PF, apenas teria procurado saber, “quase implorando”, sobre casos como o da facada que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018.


Desejo de sorte

A jurista e deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) desejou sorte para André Mendonça e para Jose Levi Mello do Amaral Júnior que foi nomeado para o cargo de Advogado-Geral da União no lugar de Mendonça.

 

A deputada federal Carla Zambelli, amiga de Moro e ao mesmo tempo aliada de Bolsonaro, também se pronunciou sobre a nomeação.

Alexandre Ramagem

Além de escolher André Mendonça para a Justiça, Bolsonaro nomeou Alexandre Ramagem para ser o novo diretor-geral da Polícia Polícia Federal, no lugar de Maurício Valeixo, que foi exonerado na última sexta-feira (24).

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