Aprovação de Bolsonaro segue estável após prisão de Queiroz, indica Datafolha

A pesquisa ouviu 2.016 pessoas por telefone na terça (23) e quarta-feira (24)
Gabriela Carvalho
Publicado em 26/06/2020 às 8:31
O presidente Jair Bolsonaro fala à imprensa no Palácio da Alvorada Foto: MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL


O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) permanece com a popularidade estável na semana seguinte à prisão do ex-assessor de seu filho Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz. De acordo com uma pesquisa feita pelo Datafolha, que ouviu 2.016 pessoas por telefone na terça (23) e quarta-feira (24), Bolsonaro manteve sua aprovação em 32%, mesmo índice do fim de maio (33%). A rejeição ao governo também se manteve estável com 44% (última rodada eram 43%), enquanto os que avaliam o presidente como regular se mantiveram nos 23% (eram 22%). A variação ocorre dentro da margem de erro da pesquisa que é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

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Apesar da estabilidade nos números da pesquisa, o caso Queiroz, contudo, ainda tem potencial destrutivo. Policial Militar aposentado, Fabrício Queiroz é investigado por movimentar R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira considerada "atípica", segundo relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf). Fabrício é ex-assessor parlamentar do, na época deputado estadual, Flávio Bolsonaro.

A aprovação de Bolsonaro caiu para 15% entre aqueles que acham que o presidente sabia onde Queiroz se escondia. Esse é o índice de popularidade considerado crítico na política para a abertura de processos de impeachment.

Bolsonaro segue com o mesmo perfil de aprovação. O rejeitam mais jovens (16 a 24 anos, 54%), detentores de curso superior (53%) e ricos (renda acima de 10 salários mínimos, 52%). Moradores da região Sul, reduto bolsonarista, aprovam mais o presidente: 42% o acham ótimo ou bom.

Na mão contrária, pessoas de 35 a 44 anos (37%), empresários (51%) e os que sempre confiam em Bolsonaro (92%) são os mais satisfeitos com a gestão do presidente.

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Bolsonaro não inspira muita confiança. São 46% os que dizem nunca confiar, 20% que sempre confiam e 32%, aqueles que o fazem às vezes. Novamente, o Sul desponta como uma fortaleza do titular do Planalto, com a menor taxa de desconfiança (35%) entre as regiões.

O Nordeste, que se mantém como o local de maior rejeição a Bolsonaro (52% de ruim ou péssimo), é a região que mais desconfia: 53% dos ouvidos nunca dão crédito a ele.

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