A ativista do movimento "300 do Brasil" Sara Winter foi presa nessa segunda-feira (15) pela Polícia Federal em Brasília. O mandado de prisão foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria Geral da República. A detenção ocorreu no âmbito do inquérito que apura a organização de protestos antidemocráticos.
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Além de ser uma das investigadas no inquérito das fake news, Sara é conhecida por participar de protestos anti-Congresso e STF. No início do mês, Winter chegou a publicar vídeos nas redes sociais ameaçando o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito.
O ministro, um dia antes da prisão da militante, fez publicação no Twitter chamando organizações antidemocráticas de "criminosas".
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Sara é uma das líderes do chamando movimento "Os 300 do Brasil", grupo armado de extrema direita formado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O acampamento do grupo na Alvorada foi desmontado na manhã do sábado (13) pelo governo do Distrito Federal. A ativista chegou a pedir reação do presidente sobre o desmonte.
No último sábado (13), cerca de 30 apoiadores do presidente Bolsonaro lançaram fogos de artifícios contra o prédio do STF. A ação durou ao menos cinco minutos. Os participantes do ato ofenderam com xingamentos a ministros do Supremo, inclusive ao presidente Dias Toffoli.
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Já no fim da tarde deste domingo (14), o ex-servidor do governo federal Renan Sena foi preso por calúnia e injúria após divulgar vídeo com ofensas contra autoridades dos Três Poderes. Ele foi solto após assinar termo de comparecimento em juízo.