Com informações do UOL
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou, durante uma entrevista concedida à TV BandNews, nesta segunda-feira (15), que admite uma possibilidade de disputar a reeleição nas votações presidenciais de 2022. "Como isso não está previsto acontecer, uma possível reeleição, a gente não descarta, mas não vivo em função disso", afirmou.
Contudo, independentemente de concorrer outra vez à Presidência em 2022, Jair Bolsonaro ressaltou a pretensão em concluir o seu mandato "razoavelmente bem" para aumentar a chance de eleição de candidatos alinhados à Câmara dos Deputados e ao Senado.
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"Eu tenho um sonho. Não é fácil a minha vida. Sabia, em grande parte, do problema que enfrentaria: Parlamento, Judiciário, sindicato. Mas se a gente continuar razoavelmente bem, temos como fazer em 2022 uma grande bancada de deputados e senadores e mudar o Brasil", acrescentou.
"O pessoal tem que ter paciência. Não tenho como bater no peito. Eu acredito na democracia. Vou lutar com essas armas, apesar de alguns colegas não usarem essas armas para fazer politica. Vale a pena o sacrifício. Vale a pena para o futuro de meus filhos e netos", argumentou.
Neste ano, os partidos do "centrão" indicaram uma aproximação com a base aliada ao presidente no Congresso. Porém, para Bolsonaro, a aproximação não envolve a possibilidade de oferta de cargos.
"Primeiro, como eu não tinha essa articulação, a imprensa batia em mim. Quando comecei a conversar com partidos, exceto os da esquerda, me acusaram de fisiologismo. Ninguém do dito 'centrão' me pediu ministérios, estatais ou bancos", assegurou, defendendo também a nomeação do deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) ao recém-recriado Ministério das Comunicações.
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Bolsonaro disse que Faria é seu amigo e que a indicação "foi minha cota pessoal para as Comunicações". Ele defendeu a eventual indicação de deputados para o cargo. "Ter parlamentares não tem nada a ver com fisiologismo. Temos bons parlamentares. O Fábio Faria entende do assunto, acredito muito no trabalho dele", concluiu.
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