Em entrevista, Bolsonaro admite possibilidade de disputar reeleição em 2022

Contudo, presidente informou que não vive em função disso
Thalis Araújo
Publicado em 15/06/2020 às 21:53
Jair Bolsonaro assumiu a presidência da República em 01 de janeiro de 2018 Foto: EVARISTO SA / AFP


Com informações do UOL

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou, durante uma entrevista concedida à TV BandNews, nesta segunda-feira (15), que admite uma possibilidade de disputar a reeleição nas votações presidenciais de 2022. "Como isso não está previsto acontecer, uma possível reeleição, a gente não descarta, mas não vivo em função disso", afirmou.

"Eu não quero descartar isso aí. O que eu falei lá atrás é que eu não disputaria uma reeleição caso fizesse uma boa reforma política, por exemplo, reduzindo o número de parlamentares. Como isso não está previsto acontecer, uma possível reeleição, a gente não descarta, mas não vivo em função disso. Eu agi dessa maneira enquanto parlamentar, e sempre falei isso aos meus colegas parlamentares: se você se preocupar com reeleição, está fadado ao insucesso " - Jair Bolsonaro - Presidente da República

Contudo, independentemente de concorrer outra vez à Presidência em 2022, Jair Bolsonaro ressaltou a pretensão em concluir o seu mandato "razoavelmente bem" para aumentar a chance de eleição de candidatos alinhados à Câmara dos Deputados e ao Senado.

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"Eu tenho um sonho. Não é fácil a minha vida. Sabia, em grande parte, do problema que enfrentaria: Parlamento, Judiciário, sindicato. Mas se a gente continuar razoavelmente bem, temos como fazer em 2022 uma grande bancada de deputados e senadores e mudar o Brasil", acrescentou.

"O pessoal tem que ter paciência. Não tenho como bater no peito. Eu acredito na democracia. Vou lutar com essas armas, apesar de alguns colegas não usarem essas armas para fazer politica. Vale a pena o sacrifício. Vale a pena para o futuro de meus filhos e netos", argumentou.

Neste ano, os partidos do "centrão" indicaram uma aproximação com a base aliada ao presidente no Congresso. Porém, para Bolsonaro, a aproximação não envolve a possibilidade de oferta de cargos.

Ministério das Comunicações

"Primeiro, como eu não tinha essa articulação, a imprensa batia em mim. Quando comecei a conversar com partidos, exceto os da esquerda, me acusaram de fisiologismo. Ninguém do dito 'centrão' me pediu ministérios, estatais ou bancos", assegurou, defendendo também a nomeação do deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) ao recém-recriado Ministério das Comunicações.

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Bolsonaro disse que Faria é seu amigo e que a indicação "foi minha cota pessoal para as Comunicações". Ele defendeu a eventual indicação de deputados para o cargo. "Ter parlamentares não tem nada a ver com fisiologismo. Temos bons parlamentares. O Fábio Faria entende do assunto, acredito muito no trabalho dele", concluiu.

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