‘Acreditamos que a história do Brasil se repetirá no Recife’, diz Carlos Andrade de Lima, candidato do PSL à prefeitura, em referência a Bolsonaro ter vencido o pleito em 2018

O candidato à Prefeitura do Recife pelo PSL Carlos Andrade de Lima comentou a importância de ter o maior tempo de propaganda na campanha, já que é desconhecido politicamente
Alice Albuquerque
Publicado em 18/09/2020 às 19:10
Calos Andrade de Lima alegou defender a diminuição do Estado, a desburocratização da máquina pública, "que são conceitos que vem do privado, a síntese do liberalismo é desburocratizar, não só a máquina pública, como também a vida do cidadão, seja ele pequeno, médio ou grande". Foto: Costa Neto/Divulgação


JC - Eleições 2020

Candidato a prefeito do Recife pelo Partido Social Liberal, o advogado Carlos Andrade de Lima é o candidato que terá mais recursos do Fundo Eleitoral à disputa do pleito na capital, além do maior tempo de propaganda, mas estará sozinho na palanque e não é conhecido na política. No entanto, ele usou o exemplo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter vencido o pleito em 2018 quando o "PSL acreditou em quem ninguém acreditava, apostou em uma nova proposta de fazer política que mudou o Brasil, e a gente vem em 2020".

Carlos Andrade contou ter aceito o convite do presidente nacional da sigla Luciano Bivar e do vice-presidente nacional Antonio Rueda por ter se encantado com o projeto para a cidade. "O PSL é um partido gigante nacionalmente, mas não tinha tanta representatividade na cidade onde nasceu [Recife] e tem o projeto de ter um DNA próprio, com quadros novos. Quando o projeto me foi apresentado, me deram todas as condições de fazer uma campanha séria e grande. Vou ter estrutura de comitê, jurídica, de marketing e TV porque, sem ela, é difícil mostrar as propostas".

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"Sabemos que a eleição é a mais digital de todos os tempos. Você tem mídias digitais que também são importantes, mas a TV ainda tem um papel mais importante e é fundamental que a gente tenha tempo de mostrar, já que não sou conhecido no meio político e no grande público. Se não tivesse a TV para mostrar quem eu sou, ficaria muito difícil competir", pontuou, por ter se filiado ao partido em março deste ano, mesmo sem a pretensão de sair como candidato.

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Sozinho no palanque, sem a coligação com nenhum outro partido, Andrade sinalou, "apoio não se nega", mas "entendemos que era o momento de seguir o caminho solo". "Muito pelo contrário, acho que beneficia [estar sozinho no palanque]. Se uma das pautas e pilares da nossa candidatura é essa política nova, que não tem essa troca de cargos, de negar esse tipo de conchavos, não necessariamente todo tipo de união e coligação faz parte de conchavo, mas dentro dos partidos que se mostraram, a gente que fazer uma campanha pura dentro do quadro do PSL. Vamos fazer uma campanha fundada na verdade, vamos seguir a mesma linha do começo ao final da campanha, propositiva, sem demagogia, que não vai fazer promessa impossível. Vamos trabalhar seguir a mesma linha do começo ao fim, é o compromisso que tenho e pode me cobrar", disse.

Ele declarou, ainda, que a escolha da vice, a psicóloga Rosaly Almeida foi técnica. "Ela é uma mulher especialista em mobilidade urbana, sempre trabalhou nessa área e é uma coisa que atinge o Recife hoje, além de ser defensora da causa animal". Rosaly compõe a chapa puro-sangue com Carlos Andrade na disputa à Prefeitura. 

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Andrade observou ter uma "briga por essa paternidade", com relação ao possível apoio do presidente Bolsonaro que parte dos candidatos da direita estão pleiteando que, inclusive, até o momento disse que não vai apoiar ninguém. "Sou um admirador de primeira hora do presidente, muito antes dele ganhar a eleição, mas acho e teria muito orgulho de contar com o apoio dele ou da família dele, mas só quem tem que dizer isso e definir quem vai apoiar é o presidente ou a família, e não ficar todo mundo brigando para dizer que é o candidato do presidente. Estou vendo todo mundo dizendo isso e alguém está mentindo, porque só pode ser um".

Questionado sobre a possibilidade de atrair os eleitores de Bolsonaro por integrar o partido que o elegeu em 2018, Carlos Andrade disse acreditar na possibilidade. "As bandeiras que defendemos estão em harmonia com as que ele defende. Há dois anos, em 2018, o PSL acreditou em quem ninguém acreditava e apostou em uma nova proposta de ver e fazer política, que mudou o Brasil e a gente vem em 2020. Agora, o PSL aposta novamente em uma pessoa desconhecida, que ninguém imagina, que ninguém aposta. Em uma nova forma de fazer política e esperamos e acreditamos que a história do Brasil se repita no Recife, as nossas bandeiras estão alinhadas, em harmonia com o que prega o presidente", declarou, esperançoso.

O presidente Bolsonaro deixou o PSL em novembro do ano passado por desentendimentos com o presidente nacional do partido Luciano Bivar, após tensão entre os dois quando Bolsonaro pediu para um apoiador recifense "esquecer o PSL". O momento foi gravado e o chefe do Executivo pediu para que o recifense não divulgasse a gravação "Bivar está queimado para caramba lá. Vai queimar o meu filme também. Esquece esse cara, esquece o partido". Em resposta, Bivar declarou "a fala dele foi terminal". 

Agenda

A agenda do final de semana de Carlos Andrade de Lima será interna, com reunião com a coordenação do partido no sábado (19) e finalização do plano de governo no domingo (20). 

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